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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Homens, masculinidade e violência: estudo em serviços de atenção primária à saúde

Texto completo
Autor(es):
Lilia Blima Schraiber [1] ; Claudia Renata dos Santos Barros [2] ; Márcia Thereza Couto [3] ; Wagner Santos Figueiredo [4] ; Fernando Pessoa de Albuquerque [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva
[5] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Epidemiologia; v. 15, n. 4, p. 790-803, 2012-12-00.
Resumo

Há poucos estudos sobre homens abordando violência como evento não fatal. Contribuindo nessa direção, descrevem-se as prevalências da violência psicológica, física e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria íntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois serviços de atenção primária na cidade de São Paulo. Foram investigadas as características sociodemográficas e as violências mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposições e à percepção de havê-las sofrido ou perpetrado. As prevalências de violências sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicológica, física e sexual. Para violências perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violência psicológica, física e sexual. Nas sofridas e nas perpetradas, a psicológica é a de maior taxa exclusiva, seguida da física. Quanto aos agressores, conhecidos é o principal agressor, seguido de familiar, estranhos e parceira íntima. Na relação entre sofrer por suas parceiras e perpetrar, 14,2% dos casos são sobrepostos e 81,2% somente perpetraram. Conclui-se que, embora nas violências relativas às parceiras íntimas os homens sofram muito menos do que perpetrem, os dados mostram que eles se envolvem em muitas situações de violência, de grandes magnitudes e sobreposições, quer como vitimas ou agressores, reiterando estudos sobre masculinidade. Este conjunto complexo de situações também deve ser considerado nos serviços básicos de saúde. (AU)

Processo FAPESP: 02/00413-9 - Homens, violência e saúde: uma contribuição para o campo de pesquisa e intervenção em gênero, violência doméstica e saúde
Beneficiário:Lilia Blima Schraiber
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular