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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Azul de metileno para o tratamento clínico da anafilaxia: apresentação de caso

Texto completo
Autor(es):
Janine Moreira Rodrigues [1] ; Antonio Pazin Filho [2] ; Alfredo José Rodrigues [3] ; Walter Vilella de Andrade Vicente [4] ; Paulo Roberto Barbosa Evora [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Department of Surgery and Anatomy - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Department of Internal Medicine - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Department of Surgery and Anatomy - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Department of Surgery and Anatomy - Brasil
[5] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Department of Surgery and Anatomy - Brasil
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: São Paulo Medical Journal; v. 125, n. 1, p. 60-62, 2007-01-00.
Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: O óxido nítrico (NO) tem papel fisiopatológico na modulação das alterações sistêmicas associadas à anafilaxia. Inibidores da sintase do NO podem exacerbar a broncoconstrição na anafilaxia e piorar as condições clínicas e têm um papel limitado no tratamento do choque anafilático. O objetivo deste relato foi o de apresentar um caso de anafilaxia (não-choque anafilático) revertido pela inibição da guanilato ciclase pelo azul de metileno. RELATO DE CASO: Mulher de 23 anos apresentou repentina urticária e prurido, inicialmente localizados na face e nos braços, que se estenderam para quase todo o corpo. Utilizou-se, inicialmente, anti-histamínico, mas pequena melhora só foi observada após o uso endovenoso de 500 mg metilprednisolona. Após duas horas, os sintomas voltaram acompanhados de vômitos. Observou-se dificuldade respiratória alta, sibilos respiratórios, estridores laríngeos, angioedema facial, incluindo eritema, edema de lábios e, nos locais de intenso prurido, observaram-se petéquias. O quadro agravou-se com dispnéia, taquipnéia, parestesia peroral, edema laríngeo, grave dispnéia expiratória com crescente perda da consciência. O tratamento convencional não foi efetivo. Considerou-se intubação pela grave hipoventilação. Com base em nossa prévia experiência, um bolo endovenoso de 1,5 mg/kg (120 mg) de azul de metileno a 4% diluído em soro glicosado 5%, seguido de outros 120 mg infundidos durante uma hora. Após a dose endovenosa inicial do azul de metileno, a situação clínica reverteu-se completamente, evitando-se a intubação traqueal. CONCLUSÃO: Embora a hipótese da eficácia da relação entre o óxido nítrico e o azul de metileno ainda esteja por ser provada, nossa intenção foi de compartilhar nossa experiência acumulada, que sugere fortemente que o azul de metileno seja um tratamento salvador de vidas para o choque anafilático e/ou anafilaxia e outras condições vasoplégicas. (AU)

Processo FAPESP: 00/08537-3 - Azul de metileno no tratamento do choque distributivo: estudo experimental in vivo das ações hemodinâmicas e in vitro da reatividade vascular
Beneficiário:Paulo Roberto Barbosa Evora
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular