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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Estudo da toxicidade de metais (zinco e cádmio) sobre Ceriodaphnia dubia, por multivias de exposição e recuperação biológica de descendentes

Texto completo
Autor(es):
Marcela Merides Carvalho [1] ; Vivian Silva Lira [2] ; Cláudia Hitomi Watanabe [3] ; Renata Fracácio [4]
Número total de Autores: 4
Afiliação do(s) autor(es):
[1] UNESP. Laboratório Toxicologia de Contaminantes Ambientais e Histologia - Brasil
[2] UNESP. Laboratório Toxicologia de Contaminantes Ambientais e Histologia - Brasil
[3] UNESP. Laboratório de Química - Brasil
[4] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Departamento de Toxicologia Ambiental - Brasil
Número total de Afiliações: 4
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Engenharia Sanitária e Ambiental; v. 22, n. 5, p. 961-968, 2017-08-03.
Resumo

RESUMO Os metais frequentemente são avaliados em águas doces como soluções dissolvidas, assumindo que o efeito tóxico é causado unicamente por via aquática (respiração e contato). No entanto, estudos abrangendo concomitantemente a toxicidade na água e no alimento, como acontece no meio, são pouco discutidos na literatura. No presente estudo, a toxicidade de zinco e cádmio foi avaliada expondo-se Ceriodaphnia dubia simultaneamente ao alimento e ao meio aquoso. A espécie de alga verde Raphidocelis subcapitata foi exposta durante 96h a concentrações de Zn (0,18 e 0,27 mg.L-1) e Cd (0,001 e 0,0015 mg.L-1). Os resultados foram analisados estatisticamente por meio da Análise de Variância (Kruskal-Wallis). As algas foram usadas como fonte de alimento para C. dubia, durante exposição crônica (oito dias), nas mesmas concentrações. Posteriormente, os neonatos (geração F1) foram introduzidos em água e alimentação sem contaminantes, para averiguação da capacidade de recuperação biológica. Foram avaliados número de neonatos por indivíduos, morfologia dos neonatos e quantificação dos metais em tecido biológico. Os resultados demonstraram que nas concentrações testadas não houve inibição no crescimento de R. subcapitata, enquanto para C. dubia evidenciou-se toxicidade crônica pela redução na taxa reprodutiva nas duas gerações, para ambos metais. Concluiu-se que, mesmo em concentrações relativamente baixas, os metais zinco e cádmio podem alterar o padrão reprodutivo dos invertebrados de água doce, comprometendo o ecossistema aquático e sua capacidade de recuperação. Considerando os efeitos tóxicos desses metais e sua interferência no sistema biológico, novos ensaios ecotoxicológicos devem ser realizados para melhor compreensão do comportamento dessas substâncias nos organismos. (AU)

Processo FAPESP: 12/14583-5 - Estudo do comportamento de interferentes endócrinos na água e em sedimentos formulados por meio de análises químicas e ensaios ecotoxicológicos: ênfase para a recuperação biológica
Beneficiário:Renata Fracácio Francisco
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular