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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Masculinidades e rupturas após a penectomia

Texto completo
Autor(es):
Vander Monteiro da Conceição [1] ; Kassiano Carlos Sinski [2] ; Jeferson Santos Araújo [3] ; Julia Valeria de Oliveira Vargas Bitencourt [4] ; Lucialba Maria Silva dos Santos [5] ; Marcia Maria Fontão Zago [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal da Fronteira Sul - Brasil
[2] Universidade Federal da Fronteira Sul - Brasil
[3] Universidade Federal da Fronteira Sul - Brasil
[4] Universidade Federal da Fronteira Sul - Brasil
[5] Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Acta Paulista de Enfermagem; v. 35, 2022-03-11.
Resumo

Resumo Objetivo Analisar os significados das masculinidades durante a vivência do câncer peniano e seus tratamentos. Métodos Abordagem qualitativa de pesquisa amparada em referencial teórico da antropologia médica e das masculinidades, com o emprego do método narrativo. Foram entrevistados em profundidade 18 homens com neoplasia peniana em um hospital referência em uro-oncologia do estado de São Paulo. Cada participante foi entrevistado com roteiro de investigação, em média três vezes, sendo as entrevistas audiogravadas, transcritas e analisadas conforme a análise temática indutiva. Resultados Seis participantes realizaram a penectomia parcial e 12 total. Em relação ao estado civil, participaram dois viúvos, dois solteiros, três divorciados e 11 casados, com média de idade de 54 anos. A extirpação do pênis promoveu mudanças significativas na forma como os homens performavam suas masculinidades, sobretudo a hegemônica. Portanto, essa experiência lhes permitiu reinterpretar suas condições de saúde na tentativa de identificar outros elementos hegemônicos que sustentassem suas imagens masculinas. Para alguns foi possível representar um homem inteiro, porém outros se consideram agora meio-homens. Conclusão O adoecimento rompeu com o fluxo biográfico dos participantes, pois antes do câncer peniano a hegemonia os representava como masculinos, entretanto, após a penectomia, eles perdem um órgão que socialmente traz atributos como força, poder, trabalho e virilidade, situação que lhes trouxe a necessidade de reinterpretar o ser masculino em suas culturas. A enfermagem, para promover o cuidado integral ao homem, deve considerar que as masculinidades interferem no processo saúde e doença. (AU)

Processo FAPESP: 13/14891-4 - A experiência do câncer peniano e seus tratamentos na perspectiva dos adoecidos
Beneficiário:Vander Monteiro da Conceição
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto