Soroconversão de Anticorpos Anti-SARS-CoV-2 em Receptores de Transplante Renal Convalescentes com COVID-19 em Comparação com Pacientes Não Transplantados

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Ricardo Martins Garcia ^[1] ; Vinicius Lafico Teixeira Gomes ^[2] ; Renato Demarchi Foresto ^[3] ; Mônica Rika Nakamura ^[4] ; Marcia Araújo Toffoli de Jesus ^[5] ; Elisabeth França Lucena ^[6] ; Renata Pimentel Rissoni ^[7] ; Marina Pontello Cristelli ^[8] ; Helio Tedesco Silva Junior ^[9] ; Lúcio Requião-Moura ^[10] ; José Medina Pestana ^[11]

Afiliação do(s) autor(es):Mostrar menos -

^[1] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[2] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[3] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[4] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[5] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[6] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[7] Prefeitura de Ipaussu. Secretaria Municipal de Saúde e Higiene - Brasil

^[8] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[9] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[10] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

^[11] Hospital do Rim e Hipertensão. Fundação Oswaldo Ramos - Brasil

• Tipo de documento: Artigo Científico
• Fonte: Brazilian Journal of Transplantation; v. 26, 2024-09-13.

Resumo

RESUMO Objetivo: Devido à imunossupressão, receptores de transplante renal (RTRs) podem ter menor soroconversão após COVID-19 do que indivíduos não-transplantados. Assim, nosso objetivo foi avaliar a taxa de soroconversão após COVID-19 entre RTRs e não-RTRs. Métodos: Este estudo de coorte envolveu três grupos não pareados de pacientes com COVID-19: 601 RTRs, 211 profissionais de saúde (PSs) e 170 habitantes não transplantados (HNTs) em uma cidade do interior do Brasil. O anticorpo anti-SARS-CoV-2 foi avaliado 14 dias após o diagnóstico. O desfecho primário foi a taxa de soroconversão. Resultados: Os RTRs eram mais idosos, com mais comorbidades e COVID-19 grave. Em comparação com profissionais de saúde e HNTs, admissão na unidade de terapia intensiva (UTI; 44,9% vs. 0% vs. 1,8%, p<0,001), necessidade de ventilação mecânica (32,3% vs. 0% vs. 1,8%, p<0,001), e óbito (28,8% vs. 0% vs. 1,2%, p<0,001) foram significativamente maiores em RTRs. A soroconversão não diferiu entre os grupos: 76,2% em RTRs, 74,9% em PSs e 82,2% em HNTs (p=0,35). Em uma regressão logística multivariada ajustada ao grupo, enquanto um curto período entre a infecção e a coleta da amostra de sangue reduziu a probabilidade de soroconversão (odds ratio [aOR] = 0,986), a presença de febre (aOR = 1,737, p = 0,017), tosse (aOR=1,785, p=0,005) e necessidade de suporte ventilatório (OR=1,981, p=0,017) aumentaram o risco. Conclusões: A gravidade clínica, a necessidade de ventilação mecânica e a morte por COVID-19 foram significativamente maiores entre os RTRs. No entanto, entre os sobreviventes, os RTRs tiveram prevalência de soroconversão semelhante associada aos parâmetros de gravidade clínica e menor tempo de coleta de amostra de sangue. (AU)

• Processo FAPESP: 21/13680-6 - Avaliação da infecção por SARS-CoV-2 e da resposta vacinal contra o Coronavírus em receptores de transplante, pacientes em diálise e trabalhadores da saúde
• Beneficiário: Jose Osmar Medina de Abreu Pestana
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático