Avaliação da mobilidade diafragmática por meio da medida ultra-sonográfica do deslocamento crânio-caudal de estruturas intra-hepáticas

Autor(es)

Costa, Nair Simone G. de Toledo

• Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
• Imprenta: São Paulo. [2002]. 72 f., gráficos, ilustrações.
• Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina
• Data de defesa: 09 jan. 2002
• Orientador: Massarollo, Paulo Celso Bosco
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS
• Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca Central da Faculdade de Medicina; FM/W4.DB8 SP.USP FM-1; C874av

Resumo

A ultrassonografia é um método bastante utilizado para avaliar a mobilidade diafragmática. O exame pode ser realizado com o transdutor entre os espaços intercostais. Devido à interposição do pulmão e ao movimento subjacente das costelas, na inspiração profunda, a visualização da cúpula é prejudicada. Utilizando janela abdominal subcostal a imagem é obtida inclinando-se o transdutor cranialmente. Desta forma, a excursão crânio-caudal do músculo se faz em direção oblíqua à incidência do feixe sonoro, comprometendo a precisão da medida da mobilidade. Por essa razão, seria útil a disponibilidade de método alternativo que permitisse avaliar a mobilidade diafragmática por meio de incidência perpendicular do ultra-som ao eixo crânio-caudal. O fígado é facilmente visualizado por meio de ultra-som abdominal. Como a víscera é parenquimatosa e sofre alterações discretas na forma durante a respiração, espera-se que a movimentação do diafragma desloque uniformemente todas as estruturas intra-hepáticas. Assim, teoricamente, a mobilidade de elementos bílio-vasculares, como os ramos protais, poderia ser utilizada para a avaliação indireta da mobilidade do hemidiafragma direito, contornando as limitações para avaliação direta por meio de ultrasonografia. O objetivo do trabalho é estudar a correlação e a concordância entre a medida ultra-sonográfica da excursão crânio-caudal de ramos intra-hepáticos da veia porta e a medida radiológica da mobilidade do hemidiafragma direito. Foram avaliados prospectivamente 51 pacientes pelos dois métodos. Existe correlação linear positiva entre as duas medidas. O deslocamento crânio-caudal de ramos portais intra-hepáticos medido por ultra-sonografia foi de 35,2 '+ OU -'10,7mm. A mobilidade do diafragma direito medida por exame radiográfico foi de 34,8 '+ OU -'17,0mm. A diferença entre as duas medidas não foi estatisticamente significante. Conclui-se que a medida ultra-sonográfica da excursão crânio-caudal de ramos intra-hepáticos da veia porta é um método confiável para avaliação indireta da mobilidade do hemidiafragma direito. (AU)