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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

A redução da pressão de perfusão coronariana está associada com a fibrose endocárdica no modelo de hipertrofia por sobrecarga de volume em ratos

Texto completo
Autor(es):
Maria Carolina Guido [1] ; Márcia Kiyomi Koike [2] ; Clovis de Carvalho Frimm [3]
Número total de Autores: 3
Afiliação do(s) autor(es):
[1] University of São Paulo. Faculty of Medicine. Hospital das Clínicas - Brasil
[2] University of São Paulo. Faculty of Medicine. Hospital das Clínicas - Brasil
[3] University of São Paulo. Faculty of Medicine. Hospital das Clínicas - Brasil
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Rev. Hosp. Clin.; v. 59, n. 5, p. 228-235, 2004-00-00.
Resumo

No remodelamento que se segue às sobrecargas de volume não é descrito o aumento de fibrose miocárdica. Após o infarto, entretanto, há hipertrofia do miocárdio remoto com acúmulo de fibrose, particularmente no subendocárdio. Na fístula aorto-cava, tal como no infarto, é possível que a queda da pressão de perfusão coronariana interfira com a fibrose cardíaca. OBJETIVO: Investigar o papel das mudanças hemodinâmicas agudas sobre a fibrose cardíaca na fístula aorto-cava. MÉTODO: Ratos Wistar submetidos a fístula aorto-cava, seguidos por 4 e 8 semanas, constituíram 4 grupos, fístula aorto-cava 4 e fístula aorto-cava 8 (10 ratos cada) e seus respectivos controles (sham-operated controls - Sh), Sh4 e Sh8 (8 ratos cada). A hemodinâmica foi realizada 1 semana após a cirurgia. A hipertrofia e a fibrose foram quantificadas ao final do seguimento pelo diâmetro dos miócitos e pela fração de volume do colágeno. RESULTADOS: Comparados com Sh4 e Sh8, a pressão de pulso, a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo e a +dP/dt foram maiores em fístula aorto-cava 4 e fístula aorto-cava 8, enquanto a -dP/dt foi similar. A pressão estimada da perfusão coronariana (mmHg) foi menor em fístula aorto-cava 8 (52,6±4,1) do que em Sh8 (100,8±1,3), mas comparável entre fístula aorto-cava 4 (50,0±8,9) e Sh4 (84,8±2,3). O diâmetro dos miócitos foi maior em fístula aorto-cava 8 e a fibrose intersticial e subendocárdica maior em fístula aorto-cava 4 e fístula aorto-cava 8. Houve correlação inversa e independente da pressão de perfusão coronariana com a fibrose subendocárdica (r²=0,86; p<0,0001) e das pressões sistólica (r²=0,73; p=0,0035) e diastólica final do ventrículo esquerdo (r²=0,55; p=0.0124) com a fibrose intersticial. CONCLUSÃO: A queda precoce da pressão de perfusão coronariana e o aumento das pressões ventriculares após a fístula aorto-cava associam-se com fibrose miocárdica subseqüente. (AU)

Processo FAPESP: 02/00909-4 - Estudo do papel hemodinamico sobre o desenvolvimento da fibrose miocardica em tres modelos experimentais de hipertrofia cardiaca (coarctacao da aorta abdominal, fistula aorto-cava e infarto...
Beneficiário:Maria Carolina Guido
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica