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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

A instituição total como agência de produção de subjetividade na sociedade disciplinar

Texto completo
Autor(es):
Benelli, Sílvio José [1]
Número total de Autores: 1
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Faculdade de Ciências e Letras - Brasil
Número total de Afiliações: 1
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Estudos de Psicologia (Campinas); v. 21, n. 3, p. 237-252, dez. 2004.
Área do conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
Assunto(s):Sociedade moderna   Instituições   Subjetividade
Resumo

A leitura de Goffman a partir das análises de Foucault pode nos proporcionar um enriquecimento fecundo na compreensão dos processos de produção de subjetividade na sociedade contemporânea e, de modo específico, no contexto das instituições totais, que estão longe de terem desaparecido. Consideramos que Goffman realiza uma modalidade de análise institucional que pode ser situada transitando entre os planos macro (ou molar) e micro dos fenômenos que ocorrem nos estabelecimentos fechados. Goffman analisa as práticas não-discursivas, e as articula com grande sutileza, fazendo os "detalhes" mais pitorescos e aparentemente insignificantes do cotidiano institucional falarem: percebemos, então, o plano microfísico das relações intra-institucionais mergulhando nas diferentes estratégias nas quais o poder se ramifica, circula, domina e produz saberes e sujeitos. Acreditamos que Goffman já apresenta o poder como uma relação dinâmica de estratégias sempre atuantes, presente em toda parte, em todos os lugares. Foucault, por sua vez, nos revela como são possíveis as instituições disciplinares e quais as razões de sua emergência. Ambos são excelentes referenciais para análises institucionais. (AU)