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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Comportamento suicida na comunidade: prevalência e fatores associados à ideação suicida

Texto completo
Autor(es):
Neury José Botega [1] ; Marilisa Berti de Azevedo Barros [2] ; Helenice Bosco de Oliveira [3] ; Paulo Dalgalarrondo [4] ; Letícia Marín-León [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual de Campinas. School of Medical Sciences. Department of Medical Psychology and Psychiatry
[2] Universidade Estadual de Campinas. School of Medical Sciences. Department of Preventive and Social Medicine
[3] Universidade Estadual de Campinas. School of Medical Sciences. Department of Preventive and Social Medicine
[4] Universidade Estadual de Campinas. School of Medical Sciences. Department of Medical Psychology and Psychiatry
[5] Universidade Estadual de Campinas. School of Medical Sciences. Department of Preventive and Social Medicine
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Psiquiatria; v. 27, n. 1, p. 45-53, 2005-03-00.
Resumo

OBJETIVOS: Estimar a prevalência de ideação suicida (IS), planos e tentativas de suicídio (TS) ao longo da vida e identificar variáveis associadas à ideação suicida. MÉTODOS: Foi realizado inquérito domiciliar com 515 indivíduos > 14 anos de idade, selecionados aleatoriamente, mediante amostragem estratificada, por conglomerados. Foram avaliados utilizando-se uma entrevista padronizada, da Organização Mundial de Saúde (OMS), sobre comportamento suicida (SUPRE-MISS), SRQ-20 e AUDIT. Foram calculadas as prevalências na vida e ajustados modelos de regressão logística uni e multivariada, calculando razões de chances (RC), controlando-se sexo e idade como covariáveis, com seus respectivos intervalos de confiança (IC). RESULTADOS: As prevalências foram de 17,1% (IC 95%: 12,9 - 21,2) para ideação suicida, 4,8% (IC 95%: 2,8 - 6,8) para planos e 2,8% (IC 95%: 0,09 - 4,6) para tentativas de suicídio. De cada três tentativas de suicídio, apenas uma chegou a ser atendida em um serviço médico. Ao longo dos últimos 12 meses, as prevalências foram, respectivamente, de 5,3% (IC 95%: 3,5 - 7,2), 1,9% (IC 95%: 1,0 - 2,8) e 0,4% (IC 95%: -0,3 - 1,1). A ideação suicida, ao longo da vida, foi mais freqüente entre mulheres (RC = 1,7), adultos jovens (RC 20-29 anos = 2,9; RC 30-39 anos = 3,6, quando comparados com a faixa etária de 14-19 anos), entre os que vivem sozinhos (RC = 4,2) e nos indivíduos que apresentaram indicadores de transtorno mental (RC entre 2,8 e 3,8). CONCLUSÕES: As prevalências não diferiram do observado pela maioria dos estudos realizados em outros países. A ideação suicida esteve consistentemente associada a indicadores de transtornos mentais ou de sofrimento psíquico. Essa observação, juntaente com o conhecimento dos fatores socioambientais associados ao comportamento suicida, deve ser levada em consideração na elaboração de estratégias de prevenção. (AU)

Processo FAPESP: 02/08288-9 - Estudo multicêntrico de intervenção no comportamento suicida (SUPRE-MISS), da Organização Mundial da Saúde
Beneficiário:Neury José Botega
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular