Interação genótipo-ambiente em bovinos de corte compostos e prospecção de composições raciais mais adequadas aos diferentes ambientes de produção

Resumo

O modelo básico de desempenho animal define a expressão fenotípica do caráter na soma dos efeitos genético, ambiente e da interação entre eles. A interação genótipo-ambiente (IGA) é observada quando diferenças fenotípicas entre genótipos são desiguais de um ambiente para outro. Os bovinos compostos são hoje uma alternativa para a pecuária de corte, podendo aumentar de maneira rápida a produtividade e competitividade dos sistemas de produção. As diferentes composições raciais destes animais (Bos taurus x Bos indicus) fornecem uma série de alternativas para os diferentes ambientes do Brasil. Seria então importante, determinar qual a melhor composição racial para cada região. A avaliação da IGA, neste caso, torna-se imprescindível, visto que a composição racial que permite melhor desempenho zootécnico em uma determinada localidade pode não ser em outra. Se confirmada sua presença, a inclusão da IGA como uma fonte de variação nas avaliações genéticas pode contribuir para o aumento da acurácia de predição e melhorar a eficiência da seleção. Apesar da importância da existência da IGA, a incorporação deste componente de variação nas avaliações genéticas não é uma realidade no melhoramento de bovinos de corte no Brasil. No presente estudo serão avaliadas as características peso à desmama, ganho de peso pós-desmama, perímetro escrotal e musculosidade de 300.000 bovinos de corte compostos com diferentes composições raciais, provenientes de rebanhos localizados nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país, com o objetivo de definir e caracterizar ambientes comuns de produção para se realizar a investigação da IGA por meio de diferentes metodologias.