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Desempenho produtivo, digestão e metabolismo em bovinos alimentados com diferentes concentrações de quitosana nas dietas

Processo: 11/01967-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2011
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2013
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Zootecnia - Nutrição e Alimentação Animal
Pesquisador responsável:Francisco Palma Rennó
Beneficiário:Francisco Palma Rennó
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Jefferson Rodrigues Gandra ; José Esler de Freitas Júnior ; Rafael Villela Barletta ; Rodolfo Daniel Mingoti
Assunto(s):Bovinos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aditivo | digestibilidade aparente total | ganho de peso | modulação da fermentação ruminal | produção e composição do leite | Qualidade de carcaça | Alimentação de Bovinos

Resumo

Nas últimas décadas diferentes promotores de crescimento tem sido utilizados em sistemas de produção com animais, especialmente em bovinos. Entre os diferentes tipos e promotores de crescimento, destaca-se a utilização de antibióticos, que promovem efeitos benéficos como a prevenção de alterações de saúde nos animais e melhoria no aproveitamento dos nutrientes contidos nos alimentos. Entre estes, a utilização de ionóforos é permitida em diversos países para a utilização em bovinos de corte e em animais explorados para a produção de leite. Porém, recentemente tem sido intensivamente discutido entre pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento a utilização deste tipo de aditivo ou promotor de crescimento na alimentação animal, e seus potenciais efeitos sobre a saúde animal e humana, principalmente nos países que compõe a União Européia. Assim, a utilização de ionóforos na alimentação de bovinos é proibida nestes países. Porém, considerando o efeito benéfico da utilização deste aditivo na alimentação animal, diferentes aditivos e componentes de rações alternativos foram e tem sido desenvolvidos pela comunidade acadêmica e pela indústria relacionada a alimentação animal para promover efeitos similares a ionóforos, notadamente a monensina sódica. Recentemente, foi proposta a utilização de quitosana para modular a fermentação e digestão ruminal, com resultados promissores. A quitosana (polímero N-acetil-D-glicosamina) é um biopolímero natural derivado da deacetilação da quitina, e esta, por sua vez, é o biopolímero mais abundante da natureza após a celulose, sendo polissacarídeo mundialmente distribuído como componente príncipal do exoesqueleto de crustáceos e insetos, assim como da parede celular de algumas bactérias e fungos. Por ser um biopolímero atóxico e biodegradável, a quitosana tem recebido muita atenção pelo grande potencial de aplicações na medicina e na preservação de alimentos, notadamente por sua propriedade antimicrobiana contra bactérias, fungos e leveduras. Ainda, a quitosana apresenta baixo custo por ser subproduto da indústria pesqueira. A utilização de quitosana como aditivo na alimentação de animais é pouco estudada até o presente, estando mais desenvolvidos estudos em monogástricos com o intuito de melhorar a retenção de nitrogênio, eficiência alimentar e crescimentos de frangos de corte e leitões recém desmamados. Em ruminantes, a quitosana somente foi estudada como nova fonte de nitrogênio. Poucos estudos avaliaram a utilização de quitosana como aditivo modulador da fermentação ruminal, digestão e desempenho de ruminantes. Até o presente momento são citados três estudos in vitro e somente um estudo in vivo. Analisando os estudos in vitro e o estudo in vivo que avaliaram quitosana e seus efeitos sobre a fermentação ruminal e digestão, conclui-se que existe grande potencial a ser explorado da utilização de quitosana na alimentação de ruminantes, seja para a produção de leite ou carne. Os resultados observados com quitosana quando comparados com monensina sugerem efeito similar ou então mais potente em promover melhor eficiência de utilização de energia no ecossistema ruminal. Porém, não foram encontrados na literatura resultados de pesquisas in vivo com bovinos e também avaliações de desempenho com animais em produção. Também, aparentemente não foram avaliadas diferentes circunstâncias de alimentação, como diferentes volumosos e concentrados típicos aos utilizados na bovinocultura brasileira. Considerando os resultados obtidos de alteração de fermentação ruminal, resultando em melhor padrão de fermentação e maior eficiência de utilização de energia no ecossistema ruminal, e inibição da biohidrogenação ruminal, resultando em efeitos benéficos na qualidade de produtos de origem animal, a utilização de quitosana na alimentação de bovinos deve ser explorada e melhor avaliada para que sejam estabelecidas as recomendações de sua utilização. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
MINGOTI, R. D.; FREITAS, JR., J. E.; GANDRA, J. R.; GARDINAL, R.; CALOMENI, G. D.; BARLETTA, R. V.; VENDRAMINI, T. H. A.; PAIVA, P. G.; RENNO, F. P.. Dose response of chitosan on nutrient digestibility, blood metabolites and lactation performance in holstein dairy cows. LIVESTOCK SCIENCE, v. 187, p. 35-39, . (11/05498-1, 11/01967-7)
ARAUJO, A. P. C.; VENTURELLI, B. C.; SANTOS, M. C. B.; GARDINAL, R.; CONSOLO, N. R. B.; CALOMENI, G. D.; FREITAS, J. E.; BARLETTA, R. V.; GANDRA, J. R.; PAIVA, P. G.; et al. Chitosan affects total nutrient digestion and ruminal fermentation in Nellore steers. ANIMAL FEED SCIENCE AND TECHNOLOGY, v. 206, p. 114-118, . (11/01967-7)