Caracterização da microflora contaminante por espectrometria de massas e metabolômica do processo fermentativo para a produção de etanol.

Resumo

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de bioetanol das últimas três décadas, atraindo investimentos em pesquisas para melhoramento das plantas de cana-de-açúcar. Porém, a alta produção de bioetanol depende de outros fatores como uma cepa de levedura muito bem adaptada às condições adversas presentes no processo fermentativo. A população de leveduras presente no processo industrial de produção de bioetanol pode variar de acordo com as condições de estresse intrínsicas ao processo. No entanto, cepas isoladas obtidas após o término do processo podem ser consideradas resistentes as condições de estresse e utilizadas como "iniciadoras" de novos processos de fermentação, pois estão mais adaptadas às condições adversas, diminuindo as quedas da produção de bioetanol devido à contaminação por outros microrganismos ou morte das células de leveduras. Neste contexto, será feita a caracterização da microflora contaminante (leveduras e outros microrganismos contaminantes) presentes no processo de fermentação, focando na identificação e classificação dos mesmos, através do uso de espectrometria de massas, bem como a triagem da produção de biocompostos (metabólitos) presentes no processo.