Efeitos do laser de baixa intensidade sobre a modulação do transcriptoma, imuno-histoquímica do tecido muscular e o desempenho físico de homens jovens submetidos a treinamento físico de força

Resumo

Recentes estudos utilizaram a fototerapia por laser de baixa intensidade (LBI) para a melhoria do desempenho muscular em seres humanos, promovendo diminuição da fadiga e aumento de torque muscular. Associados a esses efeitos, a LBI possivelmente promove alterações estruturais no tecido muscular, como a transição entre os tipos de fibras; aumento da vascularização, densidade mitocondrial e de células satélites, configurando-se como alguns dos prováveis mecanismos que explicam os bons resultados dessa terapia para essa finalidade. Assim, temos a perspectiva de detalhar os efeitos da fototerapia por LBI sobre o desempenho muscular humano nos exercícios físicos de força, investigando, sobretudo, adaptações de desempenho muscular, indicadores imuno-histoquímicos e genéticos. Para consecução desses objetivos, o trabalho clínico e randomizado referente ao processo FAPESP 2010/07194-7 já está em andamento. Esse trabalho envolve 30 voluntários (homens, jovens, saudáveis, não atletas) submetidos a treinamento físico de força em leg press e/ou fotoestimulação por LBI. Além das vias de sinalização para a hipertrofia e atrofia muscular, genes relativos às células satélites e biogênese mitocondrial, temos agora a perspectiva de analisar todo o transcriptoma humano (análises de microarrays) em associação às possíveis alterações estruturais das fibras musculares (análises imuno-histoquímicas). Em suma, esse trabalho conjunto entre a UFSCar e a Harvard Medical School possibilitará o entendimento de todas essas adaptações supracitadas, as quais são de extrema importância para elucidarmos alguns dos mecanismos de ação da LBI sobre a melhora do desempenho muscular já reportado em trabalhos anteriores. Também, esse trabalho representa um grande avanço nos conhecimentos na área de biotecnologia, fisioterapia esportiva e medicina. (AU)