Polimorfismo e expressão do transportador monocarboxilato mct1 e sua proteína auxiliar cd147 em hemácias de cavalos das raças árabe e quarto de milha

Resumo

Nos últimos anos, a equinocultura no Brasil vem ganhando importância nas atividades de esporte e lazer. A exportação de cavalos de corrida tem aumentado e as técnicas de melhoramento genético visando um melhor desempenho esportivo têm sido almejadas por criadores. O estudo da fisiologia muscular aliado às técnicas de melhoramento genético podem fornecer conhecimentos necessários para o aperfeiçoamento das raças equinas, embora fatores ambientais possam interferir no desempenho dos animais, como nutrição e o treinamento aplicado aos cavalos esportistas. Os diferentes tipos de treinamento aplicados aos cavalos de esporte podem alterar os processos fisiológicos, tais como os mecanismos de homeostase ácido/base. O ATP é o principal combustível fornecido para que a contração muscular ocorra. Uma das vias de produção de ATP é a glicólise anaeróbia que tem como produto final o lactato e o hidrogênio, responsáveis pela fadiga muscular. Transportadores Monocarboxilatos tipo 1 (MCT1), presentes nas hemácias, e sua proteína acessória (CD147) têm como função transportar íons H+ e lactato do plasma para o eritrócito contribuindo para a manutenção da homeostasia ácido/base retardando a acidose sistêmica e a fadiga de fibras musculares glicolíticas. Dessa forma, o presente projeto tem como objetivo examinar a distribuição das proteínas MCT1 e CD147 em hemácias de equinos da raça Árabe e Quarto de Milha, de alto e baixo desempenho, identificar polimorfismos nos genes associados a essas proteínas e verificar se há associação entre o polimorfismo e a expressão das proteínas com as diferentes raças e desempenhos, buscando possíveis alternativas para melhorar a performance dos cavalos de esportes.