Eficiência alimentar em ovinos da raça Santa Inês sob abordagem genômica

Resumo

O Brasil é considerado um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina, suína e de aves. Nesse contexto, a ovinocultura não tem participação significativa, mesmo esta sendo uma espécie importante para regiões do país, tal qual o Cerrado; e por o consumo desta carne ter aumentado significativamente (53%) de 2005 à 2013. Com objetivo de aumentar a produção e tornar a ovinocultura mais atraente aos produtores e menos onerosa aos consumidores, melhorar a eficiência alimentar é uma alternativa que apresenta resposta direta. Sendo a eficiência alimentar um componente que tem efeito significativo (participação maior que 50%) no custo de produção e que apresenta ainda, impacto direto no ambiente (animal mais eficiente produz menor quantidade de metano), essa se torna foco de pesquisas. Dentre as ferramentas disponíveis para a melhoria da característica, se encontra o melhoramento genético animal. Entretanto, o melhoramento clássico é limitado por a eficiência alimentar ser uma característica de onerosa e difícil mensuração, tendo como alternativa a inclusão de informações genômicas para contornar este impasse. Para diversas espécies, estudos quantitativos-genômicos para eficiência alimentar foram desenvolvidos, contudo, para ovinos não há trabalhos na literatura. Nesse contexto, o objetivo deste projeto é utilizar abordagens genômicas para a eficiência alimentar em ovinos da raça Santa Inês, uma vez que não fomos capazes de encontrar na literatura trabalhos de marcadores genéticos para a eficiência alimentar em ovinos, tanto em raças nacionais como internacionais. Propõe-se também calcular o LD para a raça Santa Inês, e posteriormente realizar uma associação genômica ampla, ou seja, relacionar os SNPs com os genes de interesse (eficiência alimentar) sob uma abordagem bayesiana; e predizer valores genéticos genômicos. (AU)