Influência da película adquirida e do momento da aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 no seu potencial em controlar a progressão da lesão de erosão no esmalte dental humano

Resumo

Considerando que a capacidade protetora da película adquirida em erosão dental pode ser influenciada por diversos fatores e que característica da película presente pode modificar a deposição de sais na superfície do esmalte dental, é possível que ela possa influenciar a eficácia da solução de AmF/NaF/SnCl2 em inibir a progressão da lesão de erosão. Sendo assim, este estudo in situ foi delineado para avaliar se a película adquirida e o momento da aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 interferem na sua ação. Doze participantes da pesquisa utilizando um dispositivo removível inferior unilateral contendo 2 amostras de esmalte dental humano participarão deste estudo in situ e cruzado, dividido em 4 fases de 5 dias cada (boca dividida). Serão obtidas, a partir de terceiros molares humanos hígidos, 192 amostras de esmalte dental humano (3 X 3 X 1 mm) que, após a formação de lesão erosiva incipiente (ácido cítrico a 1%, pH 4,0, durante 3 minutos), serão divididas nos 8 grupos experimentais (n=12): G1 - Água destilada aplicada previamente à ciclagem erosiva diária, sem presença de película adquirida; G2 - Água destilada aplicada ao final da ciclagem erosiva diária, sem presença de película adquirida; G3 - Água destilada aplicada previamente à ciclagem erosiva diária, com presença de película adquirida; G4 - Água destilada aplicada ao final da ciclagem erosiva diária, com presença de película adquirida; G5 - Solução de AmF/NaF/SnCl2 aplicada previamente à ciclagem erosiva diária, sem presença de película adquirida; G6 - Solução de AmF/NaF/SnCl2 aplicada ao final da ciclagem erosiva diária, sem presença de película adquirida; G7 - Solução de AmF/NaF/SnCl2 aplicada previamente à ciclagem erosiva diária, com presença de película adquirida; G8 - Solução de AmF/NaF/SnCl2 aplicada ao final da ciclagem erosiva diária, com presença de película adquirida. Durante a fase experimental in situ o dispositivo contendo as amostras serão imersos em ácido cítrico 0,5%, pH 2,6, 5 minutos, 6x/dia em intervalos de 1,5 h. Ao final de cada fase experimental in situ, as amostras serão removidas do dispositivo e analisadas através do teste de perfilometria óptica para determinação do desgaste de superfície, sendo consideradas as médias das amostras em duplicata para a análise estatística. As alterações morfológicas e químicas da superfície e subsuperfície serão avaliadas através de Microscopia Eletrônica de Varredura de alta resolução combinado com Raios-X de Energia Dispersiva, considerando n=3. Os resultados obtidos na perfilometria serão avaliados de acordo com os conceitos da estatística clássica com nível de significância de 5%. (AU)