Efeito da suplementação oral crônica com L-glutamina e L-alanina, nas formas livres ou como dipeptídeo, sobre parâmetros associados à fadiga em ratos submetidos ao exercício resistido

Resumo

O estado de fadiga é caracterizado por declínio do nível de força, intensidade e velocidade de contração muscular, prejudicando o desempenho físico. Os aminoácidos glutamina e alanina estão associados ao retardo do processo de fadiga, pois são importantes substratos energéticos e carreiam amônia para o fígado e rins, reduzindo o acúmulo deste metabólito tóxico. Além disso, estão vinculados com a atenuação da lesão muscular e do estresse oxidativo, que também aceleram o processo de fadiga. O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar os efeitos da suplementação crônica com L-glutamina e L-alanina sobre o desenvolvimento de fadiga. Serão utilizados 40 ratos Wistar machos adultos, distribuídos nos grupos experimentais: SED (não treinados recebendo água), CTRL (treinados recebendo água), ALA, GLN+ALA e DIP (treinados e suplementados com L-alanina, L-alanina e L-glutamina nas formas livres, e como dipeptídeo, respectivamente). O experimento terá duração de oito semanas, sendo as seis últimas destinadas ao treinamento resistido, o qual consiste em subida em escada vertical, com carregamento de carga aumentada progressivamente (de 25 a 100% do peso corporal). A suplementação será diluída a 4% e ofertada via oral, ad libitum, na água de beber dos animais, durante os últimos 21 dias de treinamento (período de exercício mais intenso). Serão analisados parâmetros plasmáticos: lactato, glicemia, aminograma, ácidos graxos livres, hipoxantina/xantina, amônia, lactato desidrogenase (LDH), creatina quinase (CK), malondialdeído, 8-isoprostano e glutationa; e parâmetros teciduais: serotonina e dopamina hipotalâmicas, glicogênio e amônia (muscular e hepática), glutamina, glutamato e alanina musculares, expressão muscular das enzimas LDH, adenosina monofosfato deaminase (AMPD1), citrato sintase (CS) e transportador de monocarboxilato 1 e 4 (MCT1 e MCT4), histologia muscular e testes de carga máxima. (AU)