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O drama da Renascença Inglesa e as políticas da terra

Processo: 16/23470-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2017
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2017
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:John Milton
Beneficiário:Régis Augustus Bars Closel
Supervisor: John Denham Jowett
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of Birmingham, Inglaterra  
Vinculado à bolsa:16/06723-2 - Arden of Faversham: Estudo e Tradução, BP.PD
Assunto(s):Teatro   Tradução
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arden of Faversham | Reforma Inglesa | Shakespeare | teatro | Thomas Middleton | Tradução | Literatura Inglesa e Tradução

Resumo

Muitas peças de Renascença Inglesa, da anônima Arden of Faversham (1592) até A Jovial Crew (1641) de Richard Brome, retratam problemas associados com a terra. Esses envolvem o fechamento dos campos de uso comum, a dissolução dos monastérios, e a transformação da terra em mercadoria. O último aspecto, que é o foco deste projeto a ser desenvolvido na Inglaterra, é mais visível em peças que situam sua ação pelos espaços da cidade, como aquelas escritas por Thomas Middleton, Thomas Dekker e Ben Jonson. No entanto, a maior parte dos dramaturgos do período elisabetano, jacobino e carolino recorreu a tópicos e problemas da cidade. Ainda que os problemas associados com a terra costumem aparecer indiretamente na ação, eles fornecem movimentação para o enredo e seus conflitos. Eles retratam uma transformação no pensamento econômico que toma forma no Início do Período Moderno: a mudança do valor inerente dos objetos para o valor de troca de mercadorias, ou, de acordo com a Política de Aristóteles,, uma mudança entre o modelo econômico familiar (os gregos utilizam o termo Oikos) para u]m modelo orientado por mercado (Aristóteles se refere a este como Crematística). A terra, que antes era um recurso para a existência familiar, torna-se uma nova mercadoria para as classes ascendentes da sociedade. Membros de classes mercadoras, advogados e oficiais do governo aproveitam o momento quando grandes proprietários tradicionais se veem forçados a vender parte de seus domínios ou quando a Coroa vendeu o que havia sido propriedade monástica ao longo do século XVI e início do XVII. A transformação da terra em mercadoria, associada ao mesmo processo de outros dois componentes da vida cotidiana - dinheiro e trabalho - foi fundamental para o rompimento em um período no qual homem e natureza compartilhavam espaços. Shakespeare e seus contemporâneos se dedicaram a uma relação instável entre o público e o privado e ao conflito entre um mundo baseado nas práticas regidas pelo costume e um mundo baseado nas relações de troca. Algumas peças escritas ou coautoras por Thomas Middleton revelam uma preocupação imensa com heranças, terras e suas rendas, passando com grandes aglomerados temáticos como a destituição e a exploração de camadas mais vulneráveis da sociedade.

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
BARS CLOSEL, REGIS AUGUSTUS. Utopia and the Enclosing of Dramatic Landscapes. RENAISSANCE AND REFORMATION, v. 41, n. 3, SI, p. 67-92, . (16/06723-2, 16/23470-0)
CLOSEL, REGIS AUGUSTUS BARS. Whose tragedy is this? Translating Arden of Faversham. CAHIERS ELISABETHAINS, v. 106, n. 1, p. 59-74, . (16/06723-2, 16/23470-0)
BARS CLOSEL, REGIS AUGUSTUS. Utopia and the Enclosing of Dramatic Landscapes. RENAISSANCE AND REFORMATION, v. 41, n. 3, p. 26-pg., . (16/06723-2, 16/23470-0)