Evolução geomorfológica de baixos terraços fluviais e meandros abandonados de segmento aluvial do rio Jacaré-Guaçu (SP)

Resumo

Reflexos dos fatores alogênicos sobre a evolução dos sistemas fluviais estão presentes na paisagem e fornecem subsídios à reconstrução paleoambiental. Marcado pelo desenvolvimento de canal fluvial meandrante e de planície aluvial assimétrica, o rio Jacaré-Guaçu possui, no segmento individualizado para o estudo, formas e feições características de ambiente fluvial dinâmico. Com base nas datações por radiocarbono (14C) e Luminescência Opticamente Estimulada (LOE); em topossequências e descrições dos depósitos; e em interpretações morfológicas da paisagem e na individualização de baixos terraços e feições de canal por meio de imagens orbitais e não orbitais, visa-se compreender as condições ambientais presentes ao longo do Pleistoceno Superior e do Holoceno, dentro de um quadro de modificações das condições climáticas, e seu impacto na morfogênese de terraços fluviais. Será estabelecido, assim, um modelo evolutivo para a planície fluvial, por meio de reconstrução morfocronológica de segmento do rio Jacaré-Guaçu que se estende longitudinalmente por 10 km, e de sua respectiva planície fluvial, no limite entre os municípios de Araraquara e Boa Esperança do Sul, no estado de São Paulo, setor representativo para a interpretação dinâmica do ambiente fluvial local.