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Evolução geomorfológica de baixos terraços fluviais e meandros abandonados de segmento aluvial do rio Jacaré-Guaçu (SP)

Texto completo
Autor(es):
Éverton Vinícius Valezio
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Archimedes Perez Filho; José Cândido Stevaux; Marcos Roberto Pinheiro; Eduardo Souza de Morais; Felipe Gomes Rubira
Orientador: Archimedes Perez Filho
Resumo

Respostas dos fatores extrínsecos e intrínsecos sobre a evolução dos sistemas fluviais estão presentes na paisagem e fornecem subsídios à reconstrução paleoambiental. Este trabalho buscou compreender as modificações das condições climáticas e seu impacto na morfogênese do vale aluvial no médio curso do rio Jacaré-Guaçu (SP). As metodologias para a interpretação da evolução da paisagem consistiram no mapeamento das formas e feições aluviais pelo uso de fotografias aéreas (1:25.000), levantamento aerofotogramétrico por aeronave remotamente pilotada, imagens Rapideye e CBERS-2B, dados de elevação do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) e do satélite ALOS/PALSAR; datações por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) e análise textural dos depósitos de baixos terraços e da planície fluvial; e aplicação de parâmetros morfométricos para o vale aluvial e meandros abandonados e atuais. Os resultados indicaram a presença de meandros com dimensões planimétricas superiores em amplitude, largura, comprimento, raio de curvatura e profundidade dispostas em nível de baixo terraço (T1); de meandros com dimensões intermediárias em porções distais da planície de inundação e dimensões reduzidas para os meandros atuais e recentemente abandonados, com três setores diferindo quanto às condições hidrológicas. Os depósitos arenosos do baixo terraço fluvial identificados na margem esquerda dataram de 7.685 ± 1.444 a 7.895 ± 1.480 anos AP, além de antigos depósitos do canal fluvial que tiveram de 14.915 ± 1.380, 75.790 ± 8.820 e 85.070 ± 9.650 anos AP, representando remanescente da dinâmica de migração do rio. Já na planície de inundação, os depósitos da margem esquerda e da margem direita possuem idades semelhantes, variando de 2.910 ± 405 a 3.370 ± 300 anos AP. A assimetria da planície fluvial em relação a disposição do canal fluvial, bem como o direcionamento dos canais afluentes, apontou para processos neotectônicos, que favoreceram a migração lateral do rio para o setor norte e a erosão dos seus antigos depósitos da margem direita. Somado a estes, o fator climático ocorreu concomitantemente, como responsável pelo condicionamento do tipo de carga transportada e a morfologia das curvas meândricas. As formas estabelecidas e remanescentes na planície fluvial e suas respectivas medições e idades sugerem mudanças na dinâmica de precipitação e escoamento nos últimos milhares de anos, culminando na redução planimétrica do rio Jacaré-Guaçu como resposta às implicações climáticas pós Último Máximo Glacial (AU)

Processo FAPESP: 16/24390-0 - Evolução geomorfológica de baixos terraços fluviais e meandros abandonados de segmento aluvial do rio Jacaré-Guaçu (SP)
Beneficiário:Éverton Vinícius Valezio
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado