Probiótico para tambaqui (Colossoma macropomum): efeitos sobre o desempenho produtivo, sobrevivência, hematoimunologia e avaliação intestinal

Resumo

O tambaqui Colossoma macropomum é a segunda espécie de peixe mais produzida no Brasil, mas não possui um pacote tecnológico bem desenvolvido e acaba sofrendo com problemas intrínsecos à aquicultura. A utilização de probióticos vem sendo encorajada por ser um método profilático eficaz, que melhora a saúde intestinal, resposta imune, absorção de nutrientes, desempenho produtivo e a qualidade da água. No entanto, é do nosso conhecimento que não há nenhum probiótico autóctone para o cultivo do tambaqui. Para desenvolver um probiótico para esta espécie, serão utilizadas bactérias autóctones (Enterococcus hirae, Lactococcus lactis, Pediococcus pentosaceus e Staphylococcus hominis) previamente selecionadas por nosso grupo de pesquisa, as quais apresentaram promissores efeitos in vitro. Essas cepas serão liofilizadas e acrescentadas à ração na concentração 108 UFC/mL e oferecidas durante 60 dias aos peixes. O desempenho produtivo e a sobrevivência à infecção por Aeromonas hydrophila serão avaliados e a bactéria que apresentar o melhor resultado neste experimento será selecionada para um segundo experimento, no qual será adicionada à ração nas concentrações de 107, 108 e 109 UFC/mL por 60 dias. Nos dias 0, 7, 15, 30, 45 e 60 serão analisados os parâmetros hematológicos, imunológicos e bioquímicos, morfologia intestinal, além de quantificação das bactérias probióticas no intestino por PCR em tempo real. Com este projeto, pretende-se selecionar uma cepa bacteriana probiótica e determinar a dose e período para sua administração, caracterizando seus efeitos imunoestimulantes na saúde do hospedeiro.