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A criação literária: relações entre poesia e fantasia em Freud

Processo: 19/08501-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2019
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2019
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Epistemologia
Pesquisador responsável:Janaina Namba
Beneficiário:Pedro Fernandez de Souza
Supervisor: Beatriz Carneiro dos Santos
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris Diderot - Paris 7, França  
Vinculado à bolsa:18/10320-6 - O estatuto da fantasia no corpus teórico freudiano, BP.MS
Assunto(s):Filosofia da psicanálise   Fantasia   Poesia   Sigmund Freud
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Fantasia | Freud | Particular | Poesia | universal | Filosofia da Psicanálise

Resumo

Este projeto se encontra dentro do contexto de uma pesquisa de mestrado, intitulada O estatuto da fantasia no corpus teórico freudiano, iniciada desde março do ano passado. Trata-se da investigação da importância epistemológica desse conceito dentro da teoria freudiana, buscando compreender suas relações lógico-argumentativas com outros conceitos (a saber, os de memória, sintoma e desejo). Nos ínterins da pesquisa, deparamo-nos com os problemas concernentes às relações entre o fantasiar e a criação poética, que Freud expõe em diversos de seus textos. Como se verá, para Freud a criação poética está pautada nas fantasias individuais do escritor literário, ou seja, a produção de uma obra literária tem como estofo representacional o conjunto de fantasias inconscientes de seu criador. No entanto, é a partir da elaboração do substrato fantasístico numa obra particular que o escritor consegue atingir seu público, e essa obra singular será capaz de tocar a todos os seus leitores ou ouvintes quando tocar em fantasias universais, presentes em todos os seres humanos. Isso é patente quando se trata, por exemplo, da peça de Sófocles Édipo rei, que Freud utiliza como protótipo para examinar a condição humana. Um raciocínio similar está envolvido na análise freudiana da passagem da horda primitiva para a comunidade fraterna, como exposta em Totem e Tabu e na Psicologia das massas e análise do eu. Nesta última obra, o mito (narrado na poesia épica) é caracterizado como a ponte entre o individual e o coletivo. Assim, o poeta trata temas universais numa obra particular, e a fantasia é o meio que o possibilita a fazê-lo. Pretendemos, pois, examinar mais a fundo a maneira como se enlaçam e se relacionam o universal e o particular na e através da fantasia, tendo como elemento norteador a criação literária e poética. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
PEDRO FERNANDEZ DE SOUZA. A POSIÇÃO DA POESIA NA TEORIZAÇÃO FREUDIANA: O ATO DO POETA ENTRE O PARTICULAR E O UNIVERSAL. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, v. 25, n. 3, p. 43-51, . (19/08501-5)