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Papel da sinalização via HIF-1a intestinal no eixo rim-intestino após a lesão renal aguda

Processo: 21/06748-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2021
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2024
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Acordo de Cooperação: National Research Foundation of Korea (NRF)
Pesquisador responsável:Niels Olsen Saraiva Câmara
Beneficiário:Niels Olsen Saraiva Câmara
Pesquisador Responsável no exterior: Sang Kyung Jo
Instituição Parceira no exterior: Korea University Anam Hospital, Coréia do Sul
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Myung-Gyu Kim ; Orestes Foresto Neto
Auxílio(s) vinculado(s):22/03740-4 - Podócitos como sensores celulares: conectando os mundos extra e intracelular para orquestrar os desfechos renais, AP.R
Assunto(s):Nefrologia  Nefropatias diabéticas  Lesão renal aguda  Resposta inflamatória  Fator 1 induzível por hipóxia  Subunidade alfa do fator 1 induzível por hipóxia  Microbioma gastrointestinal 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Inflamação | lesão renal aguda | microbiota intestinal | nefropatia diabética | Nefropatia por cristais | Nefrologia

Resumo

Estudos recentes dos nossos laboratórios mostraram uma relação bidirecional única entre o rim e o intestino em modelos de lesão renal em camundongos. Descobrimos que a lesão renal alterou profundamente a microbiota intestinal, com ruptura da barreira, translocação bacteriana, disfunção metabólica e imunológica, e que essa disbiose, posteriormente, piorava a lesão renal ao perpetuar a inflamação. Nossos colegas coreanos mostraram que a depleção da microbiota exerce efeito renoprotetor por meio de proteção da barreira e modulação imunológica, sugerindo que o intestino pode representar uma nova estratégia para a prevenção e tratamento da lesão renal aguda (LRA). Além de servir como habitat para trilhões de microrganismos e ser o maior órgão do sistema imunológico, o trato gastrointestinal (GI) também é caracterizado por perfis diferenciais de oxigenação ao longo do trato e ser o lar de comensais. Portanto, as células epiteliais intestinais evoluíram para se adaptar a esse ambiente hipóxico fisiológico normal. O fator induzível por hipóxia (HIF) é bem conhecido como um regulador mestre da homeostase do oxigênio, e não apenas facilita o fornecimento de oxigênio, mas também ajuda as células a se adaptarem aos estados de privação de oxigênio. Vários relatórios demonstraram que a falta de HIF-1a no epitélio intestinal pode levar à ruptura da barreira e ativação aberrante dos linfócitos da mucosa levando à inflamação da mucosa. Dado que a inflamação da mucosa, junto com a ruptura da barreira, pode levar à potencialização da inflamação sistêmica e renal, a sinalização do HIF-1a intestinal pode ser um alvo molecular interessante na LRA. Além disso, a expressão de HIF1a em células renais, como podócitos e células tubulares, pode funcionar como sensor de modificações no microambiente e iniciar também uma resposta inflamatória, induzindo a reprogramação celular, após lesão, que poderia alterar sistemicamente a homeostase intestinal. Essa relação bidirecional entre o intestino e o rim teria como eixo comum, o HIF1a. Portanto, com base nesses dados recentes que abordam o importante papel do HIF-1a na manutenção do microambiente tecidual normal, formulamos a hipótese de que a regulação diferencial do HIF-1a intestinal e renal após lesão renal pode ter certos efeitos não apenas na estrutura microbiana, ruptura da barreira, subsequente translocação bacteriana e resposta imunológica aberrante da mucosa, mas também na inflamação e lesão renal. (AU)

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