Avaliação do Efeito da Enzima PM20D1 no Metabolismo e na Termogênese em Camundongos e Humanos

Resumo

O aumento da prevalência da obesidade, especialmente com a pandemia do COVID-19, tem tido grande impacto na saúde pública, já que ela é acompanhada de diversas comorbidades. Essa doença, antes encontrada principalmente em adultos, agora vem sendo observada também, e em grande número, em crianças e adolescentes. Assim, existe uma grande preocupação com a saúde metabólica e cardiovascular das próximas gerações. As estratégias comportamentais convencionais para perda de peso envolvem a diminuição da ingestão calórica e o aumento da prática de atividade física. Porém, há baixa adesão a essas estratégias. Têm se estudado maneiras alternativas que possam diminuir o excesso de peso, como a cirurgia bariátrica e alvos terapêuticos. Essas técnicas já foram aprovadas, porém resultam em apenas em perda discreta da massa corporal, além de modificar predominantemente a ingestão calórica. Uma estratégia promissora que pode resultar no aumento do gasto energético, e pode ser utilizada de maneira combinada as demais estratégias de perda de peso, é a termogênese através da ativação do tecido adiposo marrom (BAT), pela proteína desacopladora 1 (UCP1). Sabe-se que o BAT é ativado por um excedente nutricional e pela exposição ao frio e, acredita-se que diferentes abordagens nutricionais e componentes farmacológicos também possam induzir essa ativação. Recentemente, demonstrou-se que mecanismos independentes da UCP1 também podem ter um papel na termogênese do BAT. Um desses mecanismos é através da enzima Pm20d1 e da molécula N-acil amino ácido. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar o efeito da enzima Pm20d1 no metabolismo e na termogênese em humanos e camundongos.