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Caracterização clínica-genética-bioquímica em pacientes portadores de porfiria cutânea tardia

Processo: 23/17551-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:João Bosco Pesquero
Beneficiário:João Bosco Pesquero
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Mônica Ribeiro de Azevedo Vasconcellos ; Renata Ferreira Magalhães ; vitor manoel silva dos reis
Assunto(s):Atividade enzimática  Bioquímica  Genética  Sequenciamento  Dermatologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atividade enzimática | Bioquímica | genética | Porfiria | sequenciamento | Urod | Dermatologia

Resumo

Porfiria Cutânea Tardia (PCT) é um distúrbio multifatorial na síntese de heme, definida pela redução da atividade da enzima uroporfirinogênio descarboxilase (UROD) e subdividida em três subtipos clinicamente indistinguíveis. A PCT caracteriza-se por lesões cutâneas vesicobolhosas, de caráter não inflamatório, que se rompem e formam cicatrizes ou áreas atróficas no dorso das mãos, antebraços, pernas e pés, além de hipertricose frontotemporal e malar superior. Os pacientes apresentam maior riscos a infecções secundárias por Hepatite B e C e Vírus da Imunodeficiência Humana, bem como maior predisposição à carcinoma hepatocelular. O diagnóstico é confirmado mediante dosagem aumentada de porfirinas na urina. O tipo I, mais comum, é uma forma esporádica relacionada à disfunção hepática desencadeada por fatores ambientais, como medicamentos, álcool, hormônios, dieta, estresse, exposição solar e outros. O tipo II apresenta, associados aos fatores ambientais, mutações heterozigóticas no gene UROD (1p34.1), responsável pela formação da enzima homônima com herança autossômica dominante de baixa penetrância. Considerando a maior incidência da PCT tipo I, propomos realizar uma caracterização clínica-genética-bioquímica dos portadores de PCT para determinar os indivíduos em risco para essa doença e evitar o aparecimento da mesma. Cerca de 50% dos portadores de PCT carregam mutações relacionadas à hemocromatose, como a homozigose para mutação C28Y no gene HFE (6p22.2). Este gene transcreve a proteína HFE, responsável pela regulação da entrada de ferro nos hepatócitos e nos enterócitos e a presença dessa mutação aumenta em 60 vezes o risco de desenvolvimento de PCT. Portanto, este trabalho propõe realizar uma avaliação médica dermatológica seguida de sequenciamento completo do gene UROD e HFE (pela análise de exoma), análise de grandes deleções/inserções pela técnica de MLPA, avaliação de variantes intrônicas pelo mRNA e da atividade UROD no plasma e em eritrócitos dos pacientes e controles. Apesar da PCT ser uma doença genética rara, um melhor entendimento das bases genéticas e bioquímicas desta enfermidade permitirá detectar indivíduos em risco para a doença e prevenir o aparecimento da mesma utilizando aconselhamento genético aos portadores e familiares, bem como contribuirá para ao desenvolvimento de métodos diagnóstico e de tratamento precoces e efetivos. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
DOTTO, PEDRO GABRIEL; DE AZEVEDO VASCONCCELLOS, MONICA RIBEIRO; DA SILVA FRANCO, JOSE FRANCISCO; GOMES, CAIO PEREZ; PESQUERO, JOAO BOSCO. Atypical Presentation of Homozygous UROD Mutation: Porphyria Cutanea Tarda or Mild Hepatoerythropoietic Porphyria?. Clinical Genetics, v. N/A, p. 3-pg., . (23/17551-1)