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O exercício físico aumenta a sensibilidade à insulina e a expressão de AMPK no músculo esquelético em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico: um estudo randomizado e controlado

Processo: 18/08120-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2018
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2019
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Bruno Gualano
Beneficiário:Bruno Gualano
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Exercício físico  Reumatologia  Resistência à insulina  Glucagon 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:doença reumática inflamatória | exercício físico | glucagon | Glut-4 | resistência a insulina | Reumatologia

Resumo

Pacientes com Lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam resistência à insulina (RI) aumentada quando comparados a controles saudáveis. Estudos anteriores demonstram efeito benéfico do exercício físico crônico na sensibilidade à insulina em outras populações resistentes à insulina, mas nunca foi testado no LES. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um programa de exercício físico aeróbio de intensidade moderada na melhora da sensibilidade à insulina bem como potenciais mecanismos responsáveis em pacientes com LES com atividade da doença leve/moderada. Um estudo de 12 semanas, controlado e randomizado foi conduzido. 19 pacientes com LES foram randomicamente alocadas em dois grupos: treinado (LES-TR, n=9) e e não treinado (SLE-NT, n=10). Antes e após 12 semanas de intervenção, as pacientes foram submetidas a um teste de refeição, do qual foram derivados marcadores de sensibilidade à insulina e função da célula beta pancreática. Biópsias do músculo esquelético foram realizadas após o TR para posterior avaliação da expressão de GLUT-4 total e membranar e de proteínas relacionadas à sinalização insulínica. O grupo LES-TR, quando comparado ao grupo LES-NT, mostrou diminuição significativa da insulinemia de jejum (-39% vs. +14%, p=0.009, effect size [ES]=-1.0), da resposta da insulina refeição (-23% vs. +21%, p=0.007, ES=-1.1) e do Índice HOMA-IR (-30% vs. +15%, p=0.005, ES=-1.1), tendência à diminuição da resposta da pró-insulina à refeição (-19% vs. +6%, p=0.07, ES=-0.9) e ao aumento da resposta do glucagon à refeição (+3% vs. -3%, p=0.09, ES=0.6), e aumento significativo do índice Matsuda (+66% vs. -31%, p=0.004, ES=0.9) e da glucagonemia de jejum (+4% vs. -8%, p=0.03, ES=0.7). Não foram observadas diferenças entre grupos na glicemia de jejum, resposta da glicose à refeição e índice insulinogênico (p>0.05). O grupo LES-TR mostrou aumento significativo da fosforilação de AMPK Thr 172 no músculo esquelético quando comparado ao grupo LES-NT (+73% vs. -12%, p=0.014, ES=1.3), ao passo que não houve diferenças entre grupos na fosforilação de Akt Ser 473, na expressão total e membranar de GLUT-4 e na translocação de GLUT-4 (p>0.05). Concluímos, portanto, que 12 semanas de exercício aeróbio moderado levaram à melhora da sensibilidade à insulina em pacientes com LES com atividade da doença leve/moderada. Este efeito parece ter sido mediado, mesmo que parcialmente, pelo aumento da fosforilação de AMPK estimulada pela insulina no músculo esquelético. Registrado no clinicaltrial.gov como NCT01515163. (AU)

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