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A quebra barreira hematoencefálica durante a fase aguda do modelo da pilocarpina é dinâmica e tempo-dependente

Processo: 19/05995-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2019
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2019
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Luciana Le Sueur Maluf
Beneficiário:Luciana Le Sueur Maluf
Instituição Sede: Instituto de Saúde e Sociedade (ISS). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Baixada Santista. Santos , SP, Brasil
Assunto(s):Neurologia  Barreira hematoencefálica  Epilepsia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Azul de Evans | Barreira hematoencefálica | epilepsia | Fluoresceína sódica | Pilocapina | Status spilepticus | Neurologia

Resumo

A manutenção da integridade da barreira hematoencefálica (BHE) é essencial para proporcionar um ambiente adequado às funções do tecido nervoso. A ruptura da BHE está envolvida em muitas doenças do sistema nervoso central, incluindo a epilepsia. Evidências demonstram que a degradação da BHE pode induzir crises epilépticas e, inversamente, a ruptura da BHE induzida pelas crises pode causar crises episódicas adicionais. Este estudo foi conduzido com base na premissa de que o comprometimento do tecido neural durante o evento desencadeante pode determinar a organização e o funcionamento do sistema nervoso durante a epileptogênese, e que a BHE pode ter papel fundamental nesse processo. Nosso objetivo foi investigar em ratos a relação entre o status epilepticus (SE) induzido por pilocarpina e a integridade BHE, determinando o tempo de abertura da BHE e sua recuperação subsequente, durante a fase aguda do modelo da pilocarpina. A integridade da BHE foi avaliada por métodos quantitativos e morfológicos, utilizando os corantes Fluoresceína de sódica e Azul de Evans (AE) como marcadores do aumento da permeabilidade à micromoléculas e macromoléculas, respectivamente. Diferentes time-points ao longo modelo da pilocarpina foram analisados: 30 minutos após a injeção de pilocarpina, e em seguida, uma hora, cinco horas e 24 horas após o início de SE. Nossos resultados mostram que a quebra da BHE é um fenômeno dinâmico e dependente do tempo, ou seja, ocorre em momentos específicos da fase aguda do modelo de epilepsia induzido por pilocarpina, recuperando em parte sua integridade posteriormente. As alterações induzidas pela pilocarpina no tecido neural inicialmente provocam o permeabilidade da BHE para micromoléculas e, subsequentemente, cerca de cinco horas após o SE, ocorre quebra da BHE para macromoléculas. Após o rompimento da BHE, o corante AE é capturado por células danificadas, especialmente neurônios, astrócitos e oligodendrócitos. Embora a quebra da BHE para macromoléculas seja restaurada 24 horas após o início do SE, o aumento da permeabilidade para micromoléculas persiste e as consequências do rompimento da BHE são amplamente disseminadas no cérebro. Nossos achados revelam a existência de uma janela temporal de disfunção de BHE na fase aguda do modelo da pilocarpina, importante para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas que podem via a prevenir a epileptogênese. (AU)

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