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Opioides na COVID-19: dois lados da mesma moeda

Processo: 21/14118-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2022
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2022
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia
Pesquisador responsável:Fernando Augusto de Lima Marson
Beneficiário:Fernando Augusto de Lima Marson
Instituição Sede: Universidade São Francisco (USF). Campus Bragança Paulista. Bragança Paulista , SP, Brasil
Vinculado à bolsa:21/05810-7 - Síndrome de Down na COVID-19: um estudo observacional do primeiro ano da pandemia no Brasil, BP.IC
Assunto(s):COVID-19  Analgésicos opioides  SARS-CoV-2  Tratamento  Farmacologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Analgesics | Covid-19 | opioids | SARS-CoV-2 | Treatment | Farmacologia

Resumo

Introdução: O tratamento da maioria dos pacientes graves com COVID-19 incluiu o uso em larga escala de sedativos e analgésicos - possivelmente em doses maiores que o usual - relatado na literatura. O uso de drogas que diminuem a mortalidade é necessário e os opioides são importantes agentes em procedimentos como a intubação orotraqueal. No entanto, essas drogas parecem ter sido superestimadas na pandemia de COVID-19. Foi realizada uma revisão do banco de dados PubMed-Medline para avaliar o uso de opioides neste período. Os seguintes descritores foram usados para aprimorar a busca de artigos: "Opioids", "COVID-19", "COVID-19 pandemic", "SARS-CoV-2", "Opioid use disorder", "Opioid dependence" e os nomes das drogas utilizadas. Também avaliamos a distribuição de pacientes com COVID-19 no Brasil e a aplicabilidade dos opioides em nosso país durante a pandemia.Resultados: Vários pontos positivos foram encontrados no uso de opioides na pandemia de COVID-19, por exemplo, eles podem ser usados para analgesia na intubação orotraqueal, para o manejo da dor crônica e como coadjuvante no manejo da intensificação aguda da dor. No entanto, altas doses de opioides podem exacerbar a depressão respiratória encontrada em pacientes com COVID-19, seu uso crônico pode desencadear tolerância aos opioides e as doses mais altas usadas durante a pandemia podem resultar em maiores efeitos adversos. Infelizmente, a pandemia também afetou indivíduos com transtorno de uso de opióides, não apenas aqueles indivíduos com maior risco de mortalidade, hospitalização e necessidade de suporte ventilatório, mas as medidas tomadas para diminuir a propagação de SARS-CoV-2, como isolamento social, podem afetar negativamente o tratamento para transtorno de uso de opióides. No Brasil, apenas morfina, remifentanil e fentanil estão disponíveis na rede básica de saúde para o tratamento de pacientes com COVID-19. Das 5.273.598 unidades de opioides utilizadas no período em todo o país, morfina, fentanil e remifentanil, representaram, respectivamente, 559.270 (10,6%), 4.624.328 (87,6%) e 90.000 (1,8%) unidades. Muitas regiões brasileiras com elevado número de casos confirmados de COVID-19 tinham poucas unidades de opioides disponíveis, como a região Sudeste, com 0,23 unidades de opioides por caso confirmado de COVID-19, e a região Sul, com 0,05 unidades. No cenário pandêmico de COVID-19, os pontos positivos relacionados aos opioides foram principalmente a ocorrência de analgesia, para facilitar a intubação e seu uso como coadjuvantes no manejo da intensificação aguda da dor, enquanto os pontos negativos foram o uso indiscriminado, a presença de imunossupressor humano resposta e aumento dos efeitos adversos devido a doses mais elevadas do medicamento.Conclusões: A importância do uso racional e individualizado de analgésicos hipnóticos e anestésicos sedativos deve ser considerada em todos os momentos, especialmente em situações de alta demanda, como a pandemia de COVID-19. (AU)

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