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Canabidiol no tratamento de mulheres com dor pélvica crônica secundária à endometriose

Processo: 21/10765-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2022
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2024
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Omero Benedicto Poli Netto
Beneficiário:Omero Benedicto Poli Netto
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Antonio Alberto Nogueira ; Antonio Waldo Zuardi ; Francisco José Candido dos Reis ; Jaime Eduardo Cecilio Hallak ; José Alexandre de Souza Crippa ; Julio Cesar Rosa e Silva ; Wilson Marques Junior
Bolsa(s) vinculada(s):23/07544-8 - Canabidiol no tratamento de mulheres com dor pélvica crônica secundária à endometriose., BP.TT
Assunto(s):Ginecologia e obstetrícia  Analgesia  Dor pélvica  Endometriose  Cannabis  Canabidiol  Qualidade de vida  Mulheres 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Analgesia | Canabidiol | Cannabis | dor pélvica | endometriose | Laparoscopia | Ginecologia e Obstetrícia

Resumo

A dor pélvica crônica é uma condição clínica comum entre mulheres, principalmente durante a idade reprodutiva. A endometriose é uma das doenças ginecológicas mais frequentemente associada à dor crônica. O diagnóstico definitivo da endometriose só é possível através do procedimento cirúrgico. No entanto, recomenda-se o uso de contraceptivo hormonal como primeira linha de tratamento quando o diagnóstico é presumido. Cerca de 20% a 30% das mulheres não apresentam nenhuma melhora clínica significativa, e até 60% delas mantém dor significativa ao final de um ano de tratamento, com elevada taxa de recorrência ou piora dos sintomas após suspensão do tratamento. Esses insucessos tornam uma proporção significativa dessas mulheres elegível para o tratamento cirúrgico. Por volta de 20% a 30% das mulheres também não apresentam qualquer alívio da dor após a cirurgia, e cerca de 20% apresentam recorrência dos sintomas após 2 anos e 40-50% após 5 anos. Isso culmina numa alta taxa de mulheres com a doença já submetidas a um tratamento cirúrgico, muitas vezes agressivo, que persistem com dor significativamente interferindo dramaticamente na sua qualidade de vida. As opções para alívio sintomático são rudimentares e nenhuma droga tem se mostrado eficaz nesse controle. Nas últimas décadas temos vivenciado um aumento do leque de utilidades dos canabinoides como medicamentos uteis no tratamento de uma série de condições, inclusive a dor crônica, sem os efeitos psicológicos indesejáveis da cannabis. O acúmulo de conhecimento sobre esse medicamento tem permitido que seja proposto estudos clínicos mais robustos para averiguar sua eficácia. Tanto é que a própria Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP) tem organizado desde o ano passado uma força tarefa para orientar e incentivar a proposição dessas intervenções. Considerando a falta de opções terapêuticas efetivas para essas mulheres com dor pélvica crônica associada à endoemtriose que já tenham sido submetidas à cirurgia, considerando o potencial do medicamento como droga anti-inflamatória, neuromoduladora, e analgésica, considerando a segurança do medicamento (canabidiol) e a ausência de efeitos indesejados associados aos outros derivados da cannabis, acreditamos que a realização do estudo abre uma perspectiva real para melhoria dos sintomas e, em decorrência, na qualidade de vida dessa população. (AU)

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