Busca avançada
Ano de início
Entree

Resistência à anfotericina B em Leishmania amazonensis: caracterização in vitro e in vivo de um isolado clínico brasileiro

Processo: 24/06850-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Protozoologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Adriano Cappellazzo Coelho
Beneficiário:Adriano Cappellazzo Coelho
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Anfotericina B  Leishmania mexicana  Leishmaniose  Resistência a medicamentos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anfotericina B | Leishmania amazonensis | Leishmaniose | Quimioterapia das leishmanioses | Resistência a drogas | Quimioterapia das leishmanioses

Resumo

No Brasil, Leishmania amazonensis é o agente etiológico da leishmaniose cutânea e cutânea difusa. O estado do Maranhão é prevalente para ambas as formas clínicas da doença e também apresenta altas taxas de infecção pelo HIV. Neste estudo, determinamos a suscetibilidade in vitro a fármacos de um isolado clínico de L. amazonensis obtido de homem de 46 anos com leishmaniose cutânea difusa coinfectado com HIV e proveniente desta área endêmica. Este paciente foi submetido a vários esquemas terapêuticos, dentre eles: o antimoniato de meglumina, a anfotericina B lipossomal e a pentamidina, porém sem sucesso. Ensaios de suscetibilidade in vitro contra promastigotas e amastigotas intracelulares demonstraram que este isolado apresentou baixa suscetibilidade à anfotericina B, quando comparado com a cepa de referência desta espécie, considerada suscetível a esses fármacos. Além disso, investigamos se a baixa suscetibilidade in vitro afetaria a resposta in vivo ao tratamento com anfotericina B. O fármaco foi eficaz na redução do tamanho da lesão e da carga parasitária em camundongos infectados com a cepa de referência, enquanto aqueles infectados com o isolado clínico e uma linhagem resistente (gerada experimentalmente por seleção gradual) foram refratários ao tratamento com anfotericina B. Para avaliar se este isolado clínico era intrinsecamente resistente à anfotericina B em animais, camundongos infectados foram tratados com outros fármacos que não foram utilizadas no tratamento do paciente (miltefosina, paromomicina e uma combinação de ambos os fármacos). Nossos achados demonstraram que todos os esquemas de tratamento foram eficazes na redução da lesão e da carga parasitária em animais infectados com o isolado clínico, confirmando o fenótipo de resistência à anfotericina B. Esses achados indicam que a falha do tratamento observada no paciente pode estar associada à resistência à anfotericina B e demonstram a potencial emergência de isolados de L. amazonensis resistentes à anfotericina B em uma área endêmica do Brasil para leishmaniose cutânea. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)