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A proteína da jararaca que se liga à glicoproteína Ib plaquetária causa plaquetopenia durante o envenenamento por Bothrops jararaca.

Processo: 24/22668-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2025
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Toxicologia
Pesquisador responsável:Marcelo Larami Santoro
Beneficiário:Marcelo Larami Santoro
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Envenenamento  Fibrinogênio  Jararaca  Plaquetas sanguíneas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Diáteses hemorrágicas | envenenamento | fibrinogênio | jararaca | Plaquetas | Proteínas semelhantes a lectinas do tipo C | Envenenamento por serpentes Bothrops

Resumo

Os acidentes ofídicos pela serpente Bothrops jararaca causam consumo plaquetário em humanos e em diversas espécies animais, e sabe-se que a plaquetopenia é um fator associado à gravidade desses envenenamentos. Embora várias toxinas do veneno de jararaca (BjV) que atuam na hemostasia já tenham sido isoladas e caracterizadas em modelos in vitro, não se sabe qual é a responsável por causar o consumo de plaquetas durante o envenenamento por esta serpente. Em estudos anteriores, mostramos que o BjV incubado com inibidores de metaloproteinases, serinaproteinases e/ou anticorpos anti-botrocetina ainda era capaz de induzir plaquetopenia em ratos e camundongos. Assim, neste estudo identificamos e caracterizamos quais as toxinas do BjV são responsáveis por induzir plaquetopenia durante o envenenamento. Inicialmente, ao filtrar o BjV em sistemas de ultrafiltração, identificamos que as proteínas com massas moleculares entre 30 e 50 kDa eram capazes de induzir plaquetopenia em camundongos, mas suas atividades não estavam associadas às atividades hemorrágicas ou coagulantes do BjV. O ultrafiltrado de 50 kDa foi cromatografado, e duas proteínas (chamadas de fração D e fração E) foram isoladas e mostraram ser capazes de induzir plaquetopenia em camundongos. Entretanto, in vitro, nem a fração D nem a fração E induziram diretamente agregação plaquetária em plasma rico em plaquetas ou sangue total de humanos ou camundongos. Por análise de espectrometria de massa, a fração E foi identificada como a proteína da jararaca que se liga à glicoproteína Ib plaquetária (GPIb-BP). A injeção da GPIb-BP ou da fração D causou plaquetopenia em camundongos controles ou deficientes de fator de von Willebrand (Vwf -/-), uma proteína cuja presença é essencial para a ação da GPIb-BP em testes de agregação plaquetária in vitro, evidenciando que o GPIb eixo plaquetário-vWF não está envolvido nas ações biológica in vivo da GPIb-BP. Novos estudos são necessários para entender como essas proteínas agem em modelos in vivo e causam o consumo plaquetário. (AU)

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