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Crítica da Ideologia e Diagnóstico de Tempo: Kant e a disputa sobre a Ilustração

Processo: 24/18753-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Brasil
Data de Início da vigência: 15 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de março de 2026
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia
Pesquisador responsável:Rúrion Soares Melo
Beneficiário:Rúrion Soares Melo
Pesquisador visitante: Daniel Tourinho Peres
Instituição do Pesquisador Visitante: Faculdade De Filosofia E Ciências Humanas/Ffch/Ufba, Brasil
Instituição Sede: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/22387-0 - Crises da democracia: teoria crítica e diagnóstico do tempo presente, AP.TEM
Assunto(s):Modernidade  Filosofia política 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Crises da democracia | Crítica da ideologia | Diagnóstico de tempo | modernidade | Filosofia Política

Resumo

As atividades do Pesquisador Visitante irão articular diagnóstico de tempo, crítica da ideologia e crise da democracia no marco mais amplo da crise da modernidade. "Crise da modernidade" é compreendida como crise de uma figura da racionalidade, para a qual o exercício da razão, com sua pretensão à universalidade, e a instituição de normas, com sua pretensão à validade e eficácia, são duas faces de uma mesma moeda. Não se trata de abandonar o projeto da modernidade, sua perspectiva universalista e normativa, mas, sim, de ver no exercício da atividade crítica o seu momento mais fundamental. Ora, a indissociabilidade de crítica e norma é constitutiva do projeto moderno tal como elucidado por Kant em texto de 1784 a partir da ideia de Ilustração, tal como ele a compreendia. Para usar categorias de Koselleck, o conceito de Ilustração, tal como elucidado por Kant, é apresentado a partir da reflexão sobre um espaço de experiência, mas, também, diante de um horizonte de expectativas emancipatórias. É porque o horizonte de expectativa se afirmava como atrelado ao espaço de experiência que ele era mais do que simples anseio por emancipação, mais do que simples utopia. Do mesmo modo, era porque o espaço de experiência, de algum modo, apontava para um horizonte de aspirações, que se podia ver, na experiência, uma antecipação capaz de dar norte à prática.Então, este projeto recua no tempo em relação ao Projeto Temático à que se vincula e propõe, mais uma vez, um retorno a Kant. Tal retorno não perderá de vista, porém, vínculos com os dois subprojetos que compõem o Projeto Temático, "Subprojeto I - A Teoria Crítica frente às crises da democracia" e "Subprojeto II - Esfera pública e crise da democracia: dimensões econômicas, culturais e políticas dos contrapúblicos". Com o primeiro subprojeto, a pesquisa compartilha a centralidade da dimensão estética, da arte e da cultura. A cultura, segundo a aposta feita aqui, é a zona que permite a transação entre o universal e o particular, transação na qual ambos os polos participam. Assim, a crise da democracia é, também, crise da cultura, de modo que será por aí que a pesquisa abordará a questão que o Projeto Temático formula como abandono, por parte dos indivíduos, do seu comprometimento com a democracia . Se o direito, se o estado de direito, se pretende um vínculo normativo, o mesmo deve ser reconhecido à cultura. Ela, afinal, veicula uma pretensão normativa. Aliás, a integração pelo direito, se ela se pretende em alguma medida emancipatória, isto é, se não é simples dominação, é preciso pensar, de modo crítico, o seu vínculo com a cultura. Por sua vez, a dimensão emancipatória da cultura estará fundada em sua relação com a arte, a qual tensiona, torna problema, os limites da cultura.A pesquisa proposta dialoga também com o Subprojeto II - Esfera pública e crise da democracia: dimensões econômicas, culturais e políticas das contrapúblicos. Nela, o conceito de esfera pública sofrerá, no entanto, um alargamento. Mais do que o "espaço social em que a opinião pública pode ser formada por meio de um discurso racional" , a esfera pública é compreendida, no âmbito desta pesquisa, como aquele espaço em que, não sem disputa, se forma uma subjetividade comum e no qual estão presentes uma multiplicidade de perspectivas e interesses, de linguagens e discursos, e não apenas o "discurso racional" orientado para o consenso. (AU)

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