Vesículas extracelulares derivadas de células-tronco mesenquimais como adjuvantes no tratamento da doença renal crônica

• Processo: 25/01629-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2025
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Camilla Fanelli
• Beneficiário: Camilla Fanelli
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Células-tronco mesenquimais Insuficiência renal crônica Terapia baseada em transplante de células e tecidos Nefrologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: células tronco mesenquimais | doença renal crônica | terapia celular | Nefrologia

Resumo

A doença renal crônica (DRC) é considerada um importante problema de saúde em todo o mundo. O bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) por meio da administração de bloqueadores dos receptores da angiotensina II, como o Losartan (LOS), tem sido considerado a melhor estratégia para o tratamento da DRC há décadas. No entanto, essa abordagem promove apenas a detenção parcial da progressão da DRC e não pode reverter o dano renal. O objetivo do presente estudo foi investigar se a administração terapêutica de vesículas extracelulares (EV) derivadas de células-tronco de tecido adiposo (ASC), associadas ao tratamento com LOS, promoveria renoproteção adicional em ratos submetidos ao modelo de DRC induzida por ablação renal de 5/6. As EV derivadas de ASC foram administradas localmente, na área subcapsular renal, 15 dias após a indução da DRC, quando a terapia com LOS também começou. Os animais foram acompanhados por mais 15 dias e nossos resultados demonstraram que a injeção subcapsular de EV derivado de ASC associada a LOS reduziu significativamente a glomeruloesclerose, a infiltração intersticial renal por miofibroblastos e macrófagos no modelo de DRC 5/6. Além disso, LOS+EV reverteu a hipertensão arterial, proteinúria e albuminúria, e estimulou a superexpressão local da interleucina anti-inflamatória IL-4. Embora mais estudos ainda sejam necessários para estabelecer a melhor dose de EV e a melhor via de administração dessas vesículas, nossas descobertas apontam para a terapia com EV derivadas de ASC como um potencial adjuvante no tratamento da DRC. (AU)