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Hipóxia e treinamento físico: implicações sobre o desempenho esportivo e a saúde

Processo: 23/02728-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Temático
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2030
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Educação Física
Pesquisador responsável:Claudio Alexandre Gobatto
Beneficiário:Claudio Alexandre Gobatto
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Limeira , SP, Brasil
Pesquisadores principais:
Fúlvia de Barros Manchado Gobatto ; Marcelo Papoti
Pesquisadores associados:Allan da Silva Pinto ; Bruno Tesini Roseguini ; Daniel Muller Hirai ; Daniel Papoti ; Gustavo Gomes de Araujo ; Igor Alexandre Fernandes ; Maria Concepción García Otaduy ; Nikolai Baastrup Nordsborg ; Patricia Chakur Brum ; Ricardo da Silva Torres ; Tomas Alberto Prolla ; Wladimir Rafael Beck
Assunto(s):Altitude  Atletas  Roedores  Treinamento físico 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Altitude | Atletas | modelos de hipóxia | Roedores | Saúde | treinamento físico | Fisiologia do Exercício e Treinamento

Resumo

Adaptações fisiológicas decorrentes da exposição à altitude sempre despertaram interesse de pesquisadores, com investigações em condições reais ou simuladas de hipóxia observadas desde o século XIX. Atualmente, o treinamento físico em altitude vem se destacando no âmbito do desempenho físico-esportivo. Nesse aspecto, existem diferentes modelos envolvendo a hipóxia, desde os caracterizados por longas permanências em locais com elevada altitude, até curtos períodos de exposição à redução de oxigênio simulada em sessões de treinamento ou recuperação. Os três modelos atualmente mais explorados na literatura são o "Viver alto - treinar alto (VA-TA)"; "Viver alto - treinar baixo (VA-TB)" e "Viver baixo - treinar alto (VB-TA)". Entretanto, a exposição à hipóxia per se tem sido utilizada para gerar adaptações benéficas não hematológicas (e.g., homeostase glicolítica, lipólise, angiogênese, manutenção da massa corporal), que podem ser altamente relevantes em cenários patológicos. Portanto, modelos de hipóxia podem gerar insights a pesquisadores dedicados a estudar inúmeros âmbitos da saúde, como o envelhecimento, doenças ligadas ao sangue e metabólicas. Muitas lacunas ainda permanecem quando da associação do treinamento à hipóxia, em especial, quanto às adaptações moleculares, centrais e periféricas, sobre o desempenho físico e saúde, já que grande parte dos estudos não quantifica, de modo preciso e individualizado, a carga de treinamento e a dose de hipóxia. Ainda, estudos nesse tema comumente aplicam análises estatísticas de causa-efeito, não potencializando a compreensão integrada dos impactos dessas intervenções sobre o organismo. Sumarizando, nossa proposta temática espera contribuir, não apenas para elevar a performance esportiva frente ao uso do treinamento físico em hipóxia, como também, estabelecer, com maior consistência, o conhecimento da fisiologia respiratória e tecidual (cerebral, muscular e adiposa), quem sabe viabilizando aplicações terapêuticas futuras a pacientes com hipóxia mantidos em tratamento intensivo, melhorando a compreensão dos mecanismos moleculares relacionados às adaptações centrais e periféricas em diferentes estímulos crônicos de exercício. Muito embora não seja o foco da proposta estudar doenças específicas, o mundo tem centrado esforços, por motivação da COVID-19, em melhor entender os processos de respiração e o impacto gerado em condições em que a saturação sanguínea de oxigênio atinge valores críticos. De modo geral, o projeto objetiva investigar as adaptações moleculares, centrais e periféricas ao treinamento físico em altitude sob os três regimes (VA-TA, VA-TB e VB-TA) aplicados a atletas e roedores, e seus efeitos sobre o desempenho e saúde. De modo inovador, utilizaremos modernas tecnologias para obtenção de dados antes, durante e após intervenções em ambas as casuísticas, com medidas fisiológicas in vivo (como a oxigenação muscular) e em tecidos específicos (conteúdos de proteínas-chave para adaptações ao exercício e à hipóxia). Como diferenciais em relação ao já existente nessa linha, monitoraremos a carga de treinamento, a dose de hipóxia individualizada e as alterações termográficas como possíveis mediadoras das repostas aeróbias e anaeróbias em níveis metabólicos, teciduais e moleculares. Por modelos computacionais, como análise de séries temporais, Machine Learning e redes complexas, o projeto avançará a fronteira do conhecimento sobre o treinamento físico e hipóxia. O grupo de pesquisadores da proposta apresenta elevada expertise no tema e em aspectos intimamente ligados a ele. Nossos laboratórios têm trabalhado com tais modelos há anos, inclusive com intervenções que contribuíram para a obtenção do recorde mundial na prova de 1.500m nas Paralimpíadas de Tóquio 2021. As parcerias nacionais e internacionais estabelecidas aqui não constituem um aglomerado de excelentes pesquisadores, haja vista estarmos produzindo em colaborações consolidadas ou em aproximações científicas anteriores. (AU)

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