Radiação ionizante e biogênese de vesículas extracelulares em câncer de cabeça e pescoço: implicações para PD-L1 e a modulação do microambiente tumoral

• Processo: 25/04298-1
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2028
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
• Pesquisador responsável: Wanessa Fernanda Altei
• Beneficiário: Wanessa Fernanda Altei
• Instituição Sede: Hospital do Câncer de Barretos. Fundação Pio XII (FP). Barretos , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Alexandre Arthur Jacinto ; Heloisa Sobreiro Selistre de Araújo ; Lidia Maria Rebolho Batista Arantes ; Renato José da Silva Oliveira
• Assunto(s): Vesículas extracelulares Neoplasias de cabeça e pescoço Radiação ionizante
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: extracellular vesicles | head and neck cancer | ionizing radiation | Pd-L1 | Tumor microenvironment | radiobiologia e comunicação celular

Resumo

O câncer espinocelular de cabeça e pescoço (CECP) é um grande desafio global em saúde, apresentando altas taxas de falha locorregional e respostas insatisfatórias ao tratamento. Os desfechos clínicos da combinação de radioterapia (RT) e imunoterapia permanecem limitados, principalmente devido a mecanismos de resistência no microambiente tumoral. Um desses mecanismos envolve vesículas extracelulares (EVs), que desempenham um papel crucial na progressão do câncer, resistência ao tratamento e modulação imunológica. Este projeto visa investigar um novo aspecto da resistência ao tratamento no CECP, focando no papel das EVs, particularmente exossomos, e na incorporação de PD-L1 (uma importante molécula de checkpoint imune) nessas EVs após RT in vitro. Nossa hipótese é que a radiação ionizante aumenta a biogênese de exossomos e a incorporação de PD-L1 de maneira dose-dependente, alterando assim o microambiente tumoral e contribuindo para a resistência tumoral. Nenhuma pesquisa anterior examinou especificamente como a radiação influencia a biogênese de exossomos ou como o PD-L1 é incorporado nessas vesículas, especialmente no contexto de doses modernas e mais altas de radiação. Para abordar essa lacuna, utilizaremos equipamentos de ponta e metodologias avançadas, incluindo ferramentas baseadas em fluorescência, para estudar as respostas induzidas pela radiação in vitro e rastrear o aumento da biogênese de exossomos. Também estabeleceremos co-culturas de células tumorais, células imunes e EVs para explorar as interações dinâmicas no TME irradiado. O objetivo final é compreender melhor como a biogênese de EVs e a incorporação de PD-L1 contribuem para a resistência ao tratamento no CECP. Ao identificar o papel das EVs nesse processo, este projeto poderá propor estudos inovadores para melhorar os desfechos terapêuticos no CECP por meio da modulação do microambiente tumoral. (AU)