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Educação Climática para estudantes do ensino médio do município de São Vicente-SP Brasil: elaboração de material didático e estratégias de ensino aprendizagem

Processo: 25/03867-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Sylmara Lopes Francelino Gonçalves Dias
Beneficiário:Sylmara Lopes Francelino Gonçalves Dias
Instituição Sede: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Gisele da Silva Craveiro ; Manoel dos Santos ; Pedro Henrique Campello Torres ; Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira ; Wânia Duleba
Vinculado ao auxílio:23/10280-2 - Co-planejamento para justiça climática no município de São Vicente: desenvolvimento de ferramentas para tomada de decisão baseada no território com evidências científicas e comunitárias, AP.PP
Assunto(s):Ciência cidadã  Zona costeira  Ciência ambiental 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Adaptação climática | Ciência cidadã | Justiça Climática | letramento climático | Pesquisa-ação-participativa | zona costeira | Ciência Ambiental

Resumo

As mudanças climáticas, como consequência do aquecimento global da terra, têm gerado uma série de impactos socioambientais, como o aumento do nível do mar, para os mais diversos grupos sociais e territórios, especialmente aqueles mais vulnerabilizados, como os localizados em áreas costeiras. Municípios costeiros, como São Vicente, na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), no estado de São Paulo (SP), são exemplos de territórios, com populações, altamente suscetíveis às mudanças climáticas e seus efeitos. Nesse contexto, pode-se observar como as mudanças climáticas são uma problemática socioambiental transversal, envolvendo diversos desafios sociais, ambientais, territoriais, biológicos, econômicos, entre outros. Por isso, refletir e discutir como se pode resolver ou pelo menos atenuar os desafios e obstáculos impostos localmente pelas mudanças climáticas, a educação é vista como uma potencialidade no processo de aprendizado sobre as causas e ameaças das mudanças climáticas, especialmente para o empoderamento das crianças e adolescentes no enfrentamento de injustiças climáticas, socioambientais e territoriais. Incentivar a educação juvenil é urgente e essencial para a responsividade das comunidades, tornando-as resilientes às mudanças climáticas. Apesar disso, os educadores e as educadoras ainda enfrentam uma série de desafios e lacunas de conhecimentos para incluir este tema em suas aulas. O ensino atual sobre as mudanças climáticas geralmente adota um enfoque globalizador, com exemplos e conteúdos distantes da realidade na qual os estudantes estão inseridos. Nesse sentido, o "letramento climático" surge como uma intersecção entre a ciência do clima e as abordagens e estratégias de educação climática e ambiental, tendo como objetivo a compreensão da emergência climática - seus fatos, motivadores, impactos e urgência - que se concentra no desenvolvimento de valores, atitudes e mudanças comportamentais. Para as escolas, o tema das mudanças climáticas ganhou ainda mais atenção por meio da Lei nº 14.926 (Brasil, 2024), assegurando a atenção da problemática das mudanças climáticas (e outras como a proteção da biodiversidade), na Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), subsidiando, assim, a obrigatoriedade do debate sobre a temática em sala de aula das escolas brasileiras a partir de 2025. No contexto do ensino médio, na atual configuração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o aprendizado sobre mudanças climáticas e temas correlatos tem forte aderência à proposta de conteúdos da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, de forma interdisciplinar entre biologia, física e química. Assim, parte-se do letramento climático como estratégia fundamental para o estreitamento de laços com a comunidade local e para o estímulo à participação da sociedade para a materialização da justiça climática. Entretanto, embora seja um relevante norteador, deve-se tomá-lo considerando que estratégias para o enfrentamento das mudanças climáticas devem considerar as especificidades do contexto. Diante do cenário apresentado, esta proposta busca elaborar um conjunto de materiais didáticos para o ensino-aprendizagem sobre mudanças climáticas e suas influências na vida cotidiana de estudantes de ensino médio em ambientes costeiros. A partir da produção, revisão e aprimoramento de materiais didáticos tais como kit de Detetive Climático para ambientes costeiros, jogo educativo (Dengame), podcast sobre impactos de macro e microplásticos nas praias e nos oceanos, e sequência didática para o monitoramento cidadão de organismos exóticos em contexto de emergência climática, espera-se que esta proposta possa, dentre outros resultados, (i) contribuir para a diversificação do repositório de conteúdos da plataforma co-educa; (ii) cocriar material de apoio com os/as professores/as das escolas estaduais em São Vicente; e (iii) contribuir com a BNCC a partir de suas competências e habilidades por etapa de ensino e ano escolar. (AU)

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