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O pH ácido modula a parede celular e a melanização em Paracoccidioides brasiliensis, afetando a interação com macrófagos

Processo: 25/13808-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
Pesquisador responsável:Wagner Luiz Batista
Beneficiário:Wagner Luiz Batista
Instituição Sede: Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas (ICAQF). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Diadema. Diadema , SP, Brasil
Assunto(s):Macrophage  Paracoccidioides brasiliensis  Micologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:acid pH | cell wall | Macrophage | Melanin | Paracoccidioides brasiliensis | Micologia

Resumo

Paracoccidioides brasiliensis é um fungo patogênico termodimórfico e o principal agente etiológico da paracoccidioidomicose (PCM), uma micose sistêmica negligenciada e endêmica na América Latina. A virulência de P. brasiliensis está intimamente associada à sua capacidade de sobreviver em condições hostis no hospedeiro, incluindo ambientes ácidos. Neste estudo, demonstramos que o pH ácido induz a melanização em P. brasiliensis, modula a composição da parede celular e altera a interação com macrófagos. O cultivo em pH ácido resultou em redução do crescimento fúngico, sem comprometer a viabilidade, e promoveu um aumento na produção de pigmentos do tipo melanina, confirmado pela maior atividade de lacase e pela regulação positiva de genes da via biossintética da melanina-DHN. Além disso, o crescimento em pH ácido induziu um remodelamento significativo da parede celular, com aumento de quitina na superfície e redução no conteúdo de mananos, enquanto os níveis de ¿-glucanas permaneceram inalterados. Essas modificações correlacionaram-se com maior sensibilidade ao corante Congo Red, sugerindo alterações na estabilidade da parede celular. Importante destacar que P. brasiliensis cultivado em condições ácidas apresentou redução na fagocitose por macrófagos RAW 264.7, além de alterações na produção de óxido nítrico e citocinas, indicando possíveis mecanismos de evasão imune. Coletivamente, nossos achados sugerem que a acidificação do ambiente promove adaptações fúngicas que favorecem a sobrevivência e modulam a interação parasito-hospedeiro, contribuindo para a virulência de P. brasiliensis. Compreender como o pH ácido regula esses processos oferece novas perspectivas sobre a patobiologia da PCM e pode contribuir para elucidar os mecanismos de evasão imunológica por fungos. (AU)

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