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Ramo descendente da arteria circunflexa lateral femoral na revascularizacao do miocardio: remodelamento e patencia em 3 meses de seguimento.

Processo: 06/06188-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2007
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2009
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Noedir Antônio Groppo Stolf
Beneficiário:Noedir Antônio Groppo Stolf
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Procedimentos cirúrgicos cardiovasculares  Revascularização miocárdica  Remodelamento 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Enxertos Arteriais | Remodelamento | Resultados Imediatos | Revascularizacao Do Miocardio | cirurgia cardiovascular

Resumo

A cirurgia de revascularização do miocárdio há anos tem sido motivo de grande número de publicações. A busca por melhores resultados é incessante e a qualidade dos enxertos empregados na reconstrução coronariana está intimamente relacionada ao sucesso tanto imediato quanto tardio. Os primeiros enxertos a serem empregados foram os de veia safena, que se mostraram incapazes de garantir boa perviabilidade no seguimento tardio. Os enxertos arteriais, por sua vez, garantem melhores resultados imediatos e tardios. As artérias torácicas internas são os melhores enxertos descritos, com resultados imediatos e tardios já bem definidos. São os melhores enxertos para a revascularização cirúrgica entretanto, em alguns pacientes o seu emprego deve ser cauteloso: diabete mélito tipo I, doença pulmonar grave, osteoporose avançada, e discrasia sanguínea. A artéria radial é motivo de grande número de publicações. Os resultados imediatos e tardios são inferiores ao das artérias torácicas internas e pouco melhores que os enxertos venosos. A elevada incidência de espasmo, o resultado cosmético, e a arteriopatia periférica são condições que, por vezes, limitam o seu emprego. A artéria epigástrica inferior apresenta resultados imediatos e tardios semelhantes ao das artérias torácicas internas. O resultado cosmético é favorável porém, como para a radial, há espasmo. O seu tamanho é reduzido e, por isso, o emprego é restrito: na maioria das vezes para composição de enxertos. O preparo é muito dificultado nos casos de obesidade abdominal ou presença de hérnia inguinal. A artéria gastroepiplóica direita mostra-se com bons resultados imediatos e tardios. O seu uso é restrito ao território coronariano relacionado à parede inferior do coração, sendo raras as oportunidades em que pode ser empregada para a revascularização de outras paredes. Há, como na epigástrica e radial, espasmo. A sua dissecção é trabalhosa e por vezes demorada. Nos casos de obesidade visceral abdominal, o seu preparo é muito difícil. O uso é contra-indicado nos pacientes portadores de úlcera gástrica ativa e cirurgia abdominal prévia. A artéria torácica lateral apresenta a mesma histologia das artérias torácicas internas e o seu resultado também é igual. O uso é restrito em virtude de ser artéria supra-numerária e de distribuição populacional de exceção. As artérias ulnar, mesentérica inferior, esplênica, intercostal, circumflexa escapular e ilíaca interna já foram empregadas na revascularização do miocárdio. O uso de todas é de exceção em virtude da dificuladade no preparo e efeitos adversos provenientes da região desvascularizada. O Ramo Descendente da Artéria Circumflexa Lateral Femoral deve ser considerado como uma opção para a revascularização com enxertos arteriais. Em 1984, na China, Song e colaboradores descreveram o retalho femoral lateral na reconstrução de defeitos estéticos. Na época, o retalho não foi popularizado em virtude da dificuldade do seu preparo no trajeto intramuscular. A partir de 1992, o seu emprego na cirurgia plástica ganhou popularização com a melhoria das técnicas de preparo microcirúrgico. O emprego do retalho microcirúrgico ântero-lateral da coxa com irrigação pelo pedículo formado pelo ramo descendente da artéria circumflexa lateral femoral é realidade. O uso é mundialmente aceito com mínimos efeitos deletérios causados pela sua retirada. Em 1996, Tatsumi e colaboradores relataram pioneiramente o seu emprego na revascularização do miocárdio. O grupo de Osaka operou apenas um paciente e não apresentou novas publicações. Em 1998, Schamúm e colaboradores, em Buenos Aires, relataram 35 casos operados com bons resultados imediatos obtidos através de estudos angiográficos. Foram realizados 4 estudos anátomo-funcionais, nos anos subsequentes e em 2003, Fabbrocini e colaboradores, em Roma, mostraram bons resultados em 140 pacientes. Não há outros relatos de estudo e emprego desta artéria (AU)

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