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Utilização de Grão de Soja em Rações de Vacas em Lactação

Processo: 09/00389-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2009
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2011
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Zootecnia - Nutrição e Alimentação Animal
Pesquisador responsável:Francisco Palma Rennó
Beneficiário:Francisco Palma Rennó
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Vacas leiteiras  Produção e composição do leite  Fermentação ruminal 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:digestibilidade aparente total | fermentação ruminal | fontes de gordura | grão de soja integral | produção e composição do leite | Vacas Leiteiras | Alimentação de Vacas Leiteiras

Resumo

A utilização de diferentes fontes de gordura suplementar tem sido prática comum na alimentação de vacas em lactação, especialmente por permitir maior aporte de energia para a síntese de leite e de seus componentes, permitindo melhora no status energético desses animais. A suplementação de gordura nas rações de vacas leiteiras é utilizada durante a lactação por aumentar a densidade energética da dieta sem reduzir o conteúdo de fibras e, assim, promover aumento da ingestão de energia e da produção de leite.Os resultados obtidos com a utilização de diferentes fontes de gordura suplementar para vacas em lactação têm sido condicionados a adaptação dos animais as rações contendo gordura e ao tempo suficiente de avaliação para responderem as dietas ricas em energia. Uma das razões para as variáveis respostas a suplementação de gordura dietética para vacas em lactação são as alterações no consumo de matéria seca (CMS) quando é iniciada a suplementação com gordura na ração, especialmente quando são comparadas diferentes fontes de gordura. Se houver redução de CMS, e a magnitude da redução de consumo for suficiente para reduzir o consumo diário de energia, não são observadas respostas significativas da adição de gordura nas dietas de vacas em lactação.Dessa forma, para que o CMS não seja influenciado, é necessário que as fontes de gordura dietética utilizadas não alterem a fermentação ruminal, especialmente a digestibilidade da porção fibrosa das dietas, e, concomitantemente, o CMS e a gordura do leite. As razões para a ocorrência de reduções de consumo em alguns experimentos com a utilização de gordura suplementar não são bem caracterizadas. Outro aspecto importante relacionado a utilização de gordura na ração de vacas leiteiras são resultados de pesquisas recentes que tem sugerido que as respostas negativas a suplementação com gordura para vacas em lactação são mais freqüentes quando a dieta é baseada totalmente ou majoritariamente com silagem de milho como volumoso padrão. Quando são combinadas algumas fontes de gordura dietética e silagem de milho são observados diferentes padrões de resposta.Diversos estudos foram e têm sido realizados com o propósito de utilização do grão de soja na alimentação de vaca leiteiras como fonte de proteína, especialmente avaliando métodos de processamento que modifiquem os taxas de degradação da proteína no rúmen. O uso de grãos de soja crus em rações de vacas leiteiras não é recomendado em função da alta taxa de degradação da proteína no rúmen, sendo recomendada a utilização de tratamentos térmicos anteriormente a utilização do grão de soja. A alta quantidade de proteína degradável no rúmen (PDR) pode ser convertida em proteína não-degradável no rúmen (PNDR) por meio de tratamentos térmicos, sendo comumente utilizada à extrusão ou a tostagem.No entanto, a utilização de grão de soja tostado ou extrusado na alimentação de vacas leiteiras tem por objetivo fornecer maior quantidade de PNDR, sendo situação adequada para o nível de produção de leite das vacas em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Porém, para a maioria dos sistemas de produção de leite do Brasil, as situações onde se torna necessária aumentar a proporção da PB em PNDR são reduzidas, especialmente em função do nível de produção de leite das vacas destes sistemas. Assim, é possível que o grão de soja seja utilizado não somente como fonte de proteína em ração para vacas leiteiras, substituindo o farelo de soja, mas também como eventual substituto do fubá de milho, utilizando o grão de soja in natura nas rações como substituto destes alimentos. Para tal, deverá ser avaliado qual o melhor nível de inclusão de grão de soja in natura em rações de vacas leiteiras, bem como quais são as melhores formas de utilização deste alimento frente ao nível de produção de leite e a fase de lactação dos animais. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
VENTURELLI, B. C.; DE FREITAS JUNIOR, J. E.; TAKIYA, C. S.; DE ARAUJO, A. P. C.; SANTOS, M. C. B.; CALOMENI, G. D.; GARDINAL, R.; VENDRAMINI, T. H. A.; RENNO, F. P.. Total tract nutrient digestion and milk fatty acid profile of dairy cows fed diets containing different levels of whole raw soya beans. JOURNAL OF ANIMAL PHYSIOLOGY AND ANIMAL NUTRITION, v. 99, n. 6, p. 1149-1160, . (09/00389-0)