Alteracoes no citoesqueleto de celulas de tumores de mama humana induzidas pelos depsipeptideos de geodia corticostylifera.

• Processo: 06/01847-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2006
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2007
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica
• Pesquisador responsável: Marisa Rangel
• Beneficiário: Marisa Rangel
• Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Peptídeos Citoesqueleto
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cancer Cell | Cytoskeleton | Depsipeptide | Marine Sponge | Sea Urchin Egg | peptídeos

Resumo

Extratos brutos da esponja marinha Geodia corticostylifera do litoral brasileiro apresentaram anteriormente atividades antibacteriana, antifúngica, citotóxica, hemolítica e neurotóxica. O presente trabalho descreve o isolamento dos depsipeptídeos cíclicos geodiamolídeos A, B, H e I de G. corticostylifera e seus efeitos antiproliferativos contra ovos de ouriço do mar e linhagens de células de tumores de mama humana. Suas relações estrutura-atividade são também discutidas. Em uma série de experimentos adicionais estes peptídeos inibiram a primeira clivagem de ovos de ouriço-do-mar (Lytechinus variegatus). Duplicação do núcleo sem completa divisão mitótica do ovo indicaram que o mecanismo de ação poderia ser relacionado à desorganização de microfilamentos. Estudos complementares mostraram que os geodiamolídeos possuem atividade antiproliferativa contra linhagens de células de tumores de mama humana (T47D e MCF7). Usando técnicas de fluorescência e microscopia confocal encontramos evidências de que os geodiamolídeos A, B, I e H agem desorganizando os filamentos de actina das células tumorais T47D e MCF7, de maneira similar a outros depsipeptídeos (tais como o jaspamídeos e as dolastatinas), mantendo a organização normal dos microtúbulos. Linhagens de células normais (fibroblastos humanos de cultura primária e células epiteliais de fígado de rato BRL3A) não foram afetadas pelo tratamento da mesma forma que as células tumorais foram, indicando, portanto, o potencial biomédico destes compostos. (AU)