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Novos achados sobre os elementos estruturais envolvidos na hemorragia local, induzida por metaloproteinases de venenos de serpentes.

Processo: 10/10639-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2010
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2011
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Biologia Molecular
Pesquisador responsável:Solange Maria de Toledo Serrano
Beneficiário:Solange Maria de Toledo Serrano
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Glicosilação  Metaloproteinases  Hemorragia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:glicosilação | hemorragia | metaloproteinase | rico em cisteínas | tipo-disintegrina | veneo de serpente | Estrutura protéica/função biológica.

Resumo

A hemorragia induzida por metaloproteinases de venenos de serpentes (SVMP, na sigla em inglês) é um fenômeno complexo que resulta em ruptura capilar e extravasamento de sangue. Neste estudo analisamos elementos estruturais importantes para a interação de quatro metaloproteinases da Bothrops jararaca, de diferentes organizações estruturais e graus de glicosilação, com proteínas plasmáticas e da matriz extracelular. HF3 (classe P-III) é uma SVMP altamente glicosilada e cerca de 80 vezes mais hemorrágica do que a bothropasina (classe P-III), que por sua vez tem uma pequena porção glicosídica; BJ-PI (classe (P-I) não é hemorrágica e a proteína DC é composta pelos domínios tipo-disintegrina e rico em cisteínas da bothropasina. HF3, bothropasina e BJ-PI mostraram perfis de degradação diferentes para o fibrinogênio, vitronectina, fator de von Willebrand, colágenos IV e VI, laminina e matrigel, entretanto, somente a bothropasina degradou o colágeno I. Em ensaios de ligação em fase sólida, HF3 e bothropasina interagiram com o fibrinogênio, fibronectina, laminina, colágenos I e V; a proteína DC ligou-se somente aos colágenos I e VI, enquanto que a ligação da BJ-PI a essas proteínas não foi detectada. A N-deglicosilação causou a perda de estabilidade estrutural da bothropasina e BJ-PI, porém HF3 se manteve intacta ainda que suas atividades hemorrágica e fibrinogenolítica tenham sido parcialmente afetadas. Por outro lado, HF3 parcialmente deglicosilada interagiu com maior afinidade aos colágenos I e VI, embora sua atividade proteolítica sobre esses colágenos não tenha aumentado. Este estudo demonstra que características das porções glicosídicas das SVMPs hemorrágicas podem desempenhar um papel na sua interação com substratos da matriz extracelular, e que a habilidade das SVMPs em degradar proteínas in vitro não tem correlação com sua habilidade em causar hemorragia, fatos que sugerem que novas abordagens sistêmicas são necessárias para o entendimento dos mecanismos de ação envolvidos na geração de hemorragia pelas SVMPs. (AU)

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