Roger Bastide: recriações da sociedade, raça e religião no Brasil (1938-1973)

• Processo: 11/19461-2
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2012
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2013
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Elide Rugai Bastos
• Beneficiário: Elide Rugai Bastos
• Instituição Sede: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 07/52480-5 - Linhagens de pensamento político e social brasileiro, AP.TEM
• Assunto(s): Religiões afro-brasileiras História das ideias Relações raciais Pensamento social brasileiro Antirracismo Publicações de divulgação científica Produção científica Livros
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Historia das Idéias | Racismo e antirracismo | Relações raciais | Religiões Afro-brasileiras | Roger Bastide | Sociologia-Brasil | Pensamento social brasileiro; História das ideias

Resumo

Neste trabalho analisaram-se as formas como o sociólogo francês Roger Bastide (1898-1974) articulou os termos raça e religião em sua obra e, a partir disso, elaborou reflexões peculiares sobre os temas do preconceito e das "relações raciais" no Brasil. A análise centrou-se em recortes específicos de sua obra, nos quais se pôde perseguir a formulação que deu aos debates da aculturação/ interpenetração cultural, das religiões de origem africana no país, e das "relações raciais". O candomblé de rito nagô apresentou-se em seus textos como caso sui generis de integração e parece se constituir em chave para o entendimento das razões pelas quais o autor elaborou determinado tipo de imagem e análises acerca da população afrodescendente em dado contexto. Outras chaves seriam dadas pela posição do autor na polêmica em torno das reportagens das revistas Paris Match e O Cruzeiro, referentes a rituais secretos do candomblé e os usos possíveis que o autor fez do surrealismo e da história nas narrativas dos livros O candomblé da Bahia e As religiões africanas no Brasil. Todas estas frentes auxiliam a matizar e redimensionar as funções e intenções de alguns dos principais textos de Roger Bastide, para o tempo em que foram escritos, além de fornecerem indícios das formas pelas quais o autor recriou em sua obra aspectos da sociedade brasileira. (AU)