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Vidas que desafiam corpos e sonhos: uma etnografia do construir-se outro no gênero e na sexualidade

Processo: 12/06141-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2012
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2013
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Adriana Gracia Piscitelli
Beneficiário:Adriana Gracia Piscitelli
Instituição Sede: Núcleo de Estudos de Gênero (PAGU). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Etnografia  Sexualidade  Estudos de gênero  Transexualidade  Cirurgia de readequação sexual  Livros  Publicações de divulgação científica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cirurgias de Transgenitalização | Etnografia | Gênero | Sexualidade | transexualidade | Estudos de Gênero

Resumo

O objetivo desta tese foi compreender as possibilidades e estratégias da atuação das pessoas (transexuais) que buscavam "uma mudança de sexo" ao se inscreverem no Programa de Transgenitalização coordenado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Tendo como ponto de partida o princípio de que a existência humana se torna inviável sem inteligibilidade social, problematizo os diferentes discursos que enredaram as pessoas (transexuais) ao buscarem reconhecimento. O principal argumento desta tese foi que o processo de reconhecimento das pessoas (transexuais) orquestrado pelas instituições médico-jurídicas coloca em risco a possibilidade da sobrevivência destas pessoas. A primeira parte do trabalho foi composta pela análise dos processos. Nessa procurei identificar, no entorno médico e jurídico, como um emaranhado imaginário - cujos conteúdos recobrem as percepções da sexualidade feminina/masculina, a compreensão do direito das pessoas (transexuais) sobre seus próprios corpos, bem como dos significados atribuídos ao gênero - atravessa de diferentes maneiras e intensidades as práticas/discursos e é forjado para que práticas institucionais sejam justificáveis. Marcado também por histórias de vida de pessoas, a segunda parte tenta explicitar a diversidade das vivências das pessoas que buscavam maneiras de dar sentido ao sentimento de "ser diferente", de estar em "desacordo", de ser vítima ou culpada de algum "engano" ou "fraude". Os resultados do trabalho conduzem a problematizar a precedência e a exclusividade explicativas conferidas ao discurso médico-jurídico na outorga de legitimidade social para as experiências das pessoas (transexuais). (AU)

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