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Campesinos cosmopolitas: um estudo sobre a atuação política internacionalista do MST na América Latina

Processo: 13/13939-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2013
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2014
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Ruy Gomes Braga Neto
Beneficiário:Ruy Gomes Braga Neto
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Relações internacionais  Movimentos sociais  Movimento dos sem-terra  Marxismo  Trabalhador rural  América Latina  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:América Latina | Internacionalismo | Mst | Relações internacionais | Sociologia Marxista | Trabalhadores do campo - Atividades Políticas | Sociologia dos Movimentos Sociais

Resumo

Desde seu nascimento, há quase trinta anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem se destacado pela perenidade de sua organização e disposição de estimular uma diversidade de vínculos capilares com a sociedade civil - o que constitui uma das maiores novidades da história política contemporânea do campesinato brasileiro e voz mais expressiva da questão agrária na América Latina. Diante dessa constatação, o objetivo desta dissertação é apresentar e analisar como a dimensão internacionalista do MST - enquanto elemento real e ativo de construção de um lócus político - constitui-se historicamente, a fim de destacar as diversas influências políticas e ideológicas e a composição heterogênea de seu ativismo transnacional, que foram desenvolvidas (e assimiladas) tanto por circunstâncias políticas e econômicas em que o país enveredou quanto pela atuação das lideranças do MST. A hipótese central é de que, a partir da metade da década de noventa, o MST alcança o auge de sua projeção no exterior, não apenas pela referência mundial simbólica e política da luta camponesa, mas pela percepção de que o internacionalismo está enraizado nas condições materiais da luta de classes na agricultura mundializada. Desde então, inicia-se um processo de redefinição de sua estratégia política que passa a ser ampliada internacionalmente, na busca de convergência de linhas políticas e agendas em comum, principalmente com a Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo (CLOC) e Via Campesina. Todavia, a política internacionalista do MST não nasce, cresce e amadurece politicamente apenas como reflexo passivo do avanço do capitalismo internacional do campo. O desenvolvimento desigual do capitalismo no campo brasileiro e a trajetória internacionalista do MST não constituem duas retas paralelas que podem ser relacionadas ponto a ponto. Na verdade, ambas adquirem configurações espaciais e temporais mais complexas e são estabelecidas em um constante encontro e desencontro. Por exemplo, a dimensão ética-moral e religiosa - principalmente da fonte da Teologia da Libertação e da pastoral da terra - é um fator essencial na motivação subjetiva de uma consciência humanista e universal latino-americana e de uma cultura política de solidariedade internacionalista permanente que o MST desenvolve a partir da própria formação específica que aqui se propõe estudar. (AU)

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