Avaliação do processo inflamatório induzido pela circulação extracorpórea em fetos de ovinos submetidos ao pré-condicionamento isquêmico

• Processo: 14/15123-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2015
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2018
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
• Pesquisador responsável: Renato Samy Assad
• Beneficiário: Renato Samy Assad
• Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Luiz Felipe Pinho Moreira ; Paulina Sannomiya ; Vera Demarchi Aiello
• Assunto(s): Procedimentos cirúrgicos cardíacos Circulação extracorpórea Resposta inflamatória Precondicionamento isquêmico Ovinos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Circulação Extracorpórea Fetal | Cirurgia Cardíaca Fetal | Inflamação | Isquemia-reperfusão | Ovinos | pré-condicionamento isquêmico | Cirurgia Cardíaca Pediátrica

Resumo

A circulação extracorpórea (CEC), necessária para a maioria das cirurgias cardíacas, tem relação direta e impactante sobre a resposta inflamatória sistêmica. A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) está quase sempre presente no pós-operatório de neonatos submetidos à correção cirúrgica com auxílio de CEC. O mecanismo desta síndrome está associado a uma variedade de estímulos, decorrente do contato do sangue com a superfície estranha do circuito da CEC e a produção de endotoxinas. Numerosos mediadores inflamatórios são formados e liberados, ocasionado hipertermia, leucocitose, disfunção renal e aumento da permeabilidade capilar. No cenário clínico, o pulmão é o órgão mais afetado, com consequente aumento do liquido intersticial e congestão vascular pulmonar. O pré-condicionamento isquêmico remoto tem sido profundamente estudado como método capaz de mitigar os danos teciduais consequentes ao processo inflamatório do binômio isquemia-reperfusão. O estimulo do pré-condicionamento isquêmico remoto ocasiona um efeito sistêmico protetor multiorgãos da isquemia subsequente. No entanto, a literatura ainda é escassa no que tange à CEC fetal, fator de importante mortalidade durante e após o procedimento. Para avaliar a influencia do pré-condicionamento isquêmico remoto na reposta inflamatória do feto à CEC, serão estudados 30 fetos ovinos, divididos em três grupos (Controle negativo, Controle positivo e Grupo Pré-condicionado). O pré-condicionamento isquêmico remoto será induzido por quatro ciclos de isquemia intermitente de um dos membros traseiros (cinco minutos de garroteamento do membro), alternados com dois minutos de reperfusão, antes do estabelecimento da CEC fetal. Serão analisados os marcadores inflamatórios sistêmicos e alterações morfológicas dos órgãos nobres, com a hipótese de que o pré-condicionamento isquêmico remoto possa mitigar a resposta inflamatória sistêmica de fetos submetidos à CEC. (AU)