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Morar e viver na luta: a ocupação Mauá, fabulação e política em São Paulo

Processo: 15/06999-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2015
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2016
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
Pesquisador responsável:Maria Suely Kofes
Beneficiário:Maria Suely Kofes
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Política  Movimentos sociais  Narrativa  Habitação  Habitação social  São Paulo (SP)  Livros  Publicações de divulgação científica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:direito a moradia | Habitação - aspectos sociais - centro (São Paulo | Movimentos Sociais | Narrativa | Política | Sp) | Antropologia

Resumo

Em 2007, em um imóvel ocioso no bairro da Luz, em São Paulo, nascia a ocupação Mauá. Quase cinco anos depois, os moradores receberam uma ordem de despejo. Sua reação foi lutar: para que as famílias fossem atendidas (isto é, inseridas em programas de política pública habitacional) e, ao mesmo tempo, para que o despejo não ocorresse. Com o pedido de liminar de reintegração de posse, vieram à tona, de maneira mais intensa, processos de construção de uma coletividade que contemplava a diferença e relações entre a ocupação, o poder público e o proprietário do prédio ocupado. Esta é uma etnografia de uma experiência, em dois níveis: o da experiência da ocupação e dos confrontos e embates a partir da liminar de reintegração de posse; e da minha experiência de encontro e confronto com essa experiência objetivada. Entendo que a ocupação Mauá não se esgota na sua arquitetura e, sim, contém potencialidades e outras coletividades. Por isso, inicialmente, faço uma breve discussão sobre o ocupar, antes de apresentar a Mauá e seus entornos e situá-la no centro da cidade de São Paulo. Dignidade e vida aparecem como categorias orientadoras do habitar (na ocupação), nas falas durante atos públicos na rua ou reuniões públicas com o governo e atores estatais. Porquanto a luta pelo direito à moradia ampara-se na ideia de viver dignamente, a ordem de despejo equipara-se a uma sentença de morte - da qual contudo, é possível escapar pela luta. Uma das hipóteses é que os múltiplos sentidos de coletividade são construídos, sobretudo, na conexão entre passado, presente e futuro, por meio de narrativas. Como resultado, proponho entender a política como composta por elementos de resistência, reivindicação e prefiguração. (AU)

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