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O protecionismo agrícola nos Estados Unidos: resiliência e economia política dos complexos industriais

Processo: 16/14535-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2016
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2017
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Estado e Governo
Pesquisador responsável:Sebastiao Carlos Velasco e Cruz
Beneficiário:Sebastiao Carlos Velasco e Cruz
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:08/57710-1 - Instituto de Estudos das Relações Exteriores dos Estados Unidos, AP.TEM
Assunto(s):Economia política  Protecionismo  Indústria agrícola  Subsídio agrícola  Estados Unidos  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:complexos agroindustriais | Estados Unidos | Protecionismo | Subsídios Agrícolas | Economia Política

Resumo

A análise do protecionismo agrícola nos EUA é feita, no mainstream, a partir de uma perspectiva que privilegia as relações entre grupos de interesse e legisladores, assim como os ambientes institucionais nos quais a legislação agrícola é elaborada. Embora essas relações sejam da maior importância, a política agrícola deve ser examinada num contexto maior e mais complexo, posto que a atividade agrícola em si, no interior das fazendas é apenas uma pequena parte econômica dos sistemas agroalimentares responsáveis pela maior parte do suprimento de alimentos e fibras. Recorremos à noção de Complexo Agroindustrial (CAI) para examinar a fonte do poder político que mantém os programas de subsídios em funcionamento, mesmo diante de toda contestação estadunidense e estrangeira a eles. Concluímos que os subsídios conferem às fazendas a capacidade de continuar funcionando numa lógica que privilegia os negócios de diversos segmentos dos CAI, apesar de elas serem frequentemente deficitárias. Neste contexto, é improvável que as políticas de subsídio sejam resultado apenas do interesse de grupos de produtores agrícolas. O objetivo da tese não é refutar a análise pluralista - a dominante - da concessão de subsídios agrícolas. É oferecer um ângulo alternativo e complementar para a análise deste fenômeno. Nosso estudo sobre a economia política dos CAI demonstra que diversos interesses, incluindo os de Estado, compõem os consensos que ordenam o funcionamento da acumulação capitalista nos referidos Complexos. As fazendas produtoras de commodities subsidiadas são peças muito importantes para a dinamização de setores intimamente ligados à avançada agricultura estadunidense, dos quais destacamos quatro: fornecedores de insumos agrícolas (maquinário, químicos, sementes etc.); processadores (indústria alimentícia e de rações, mercadores); serviços financeiros (crédito, seguros); setor imobiliário (proprietários de terras). O Estado, por sua vez, é ator interessado neste modelo e não apenas uma arena onde grupos societais travam disputas políticas. Conclui-se que a resiliência dos subsídios agrícolas nos EUA decorre de uma fonte de poder político muito maior e mais difusa do que a que emana das cerca de 40% das fazendas americanas que recebem subsídios. (AU)

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