Em defesa da juventude: políticas no Brasil Contemporâneo

• Processo: 06/53227-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2006
• Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2008
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Laymert Garcia dos Santos
• Beneficiário: Fabio Magalhães Candotti
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Participação social Política social Participação política Jovens Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cidadania E Direitos | Controle De Populacoes | Juventude | Participacao Social | Politicas Sociais | Tcnologia Social

Resumo

O projeto propõe-se a uma investigação da recente produção de saberes em torno da noção de juventude no campo específico de elaboração de políticas sociais no Brasil. Ao inserir esse acontecimento em um processo histórico que teve início no pós-guerra e que instituiu e reinventou a juventude como identidade a ser protegida e convocada à participação social, encontra-se um importante paradoxo ainda não enfrentado por outras pesquisas. Observa-se que, em cerca de cinqüenta anos de intenso aprimoramento e proliferação das políticas de juventude, as principais preocupações relacionadas ao seu objeto mudaram e agravaram-se. Assim, ao mesmo tempo em que foram sendo progressivamente criados e reconhecidos, em escala global, novos espaços de participação social e mecanismos de proteção social da 'juventude', ocorreu um crescente processo de exclusão sócio-econômica e mesmo letal do, assim configurado, 'segmento jovem'. Frente a esse paradoxo, o objetivo do projeto é analisar as relações de poder exercidas, em torno da noção de juventude, pelas práticas discursivas produzidas no campo das políticas sociais no Brasil. Deste modo, pretende-se inserir essas políticas sociais num registro errais amplo de um 'dispositivo de saber' específico voltado à fabricação da juventude como sujeito social, sustentando-se a hipótese de que o processo sócio-histórico em questão liga-se à passagem das 'sociedades disciplinares' para as 'sociedades de controle'. (AU)