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Dois "Brasis", vários "Portugais": projeto de (des)nacionalização pelas letras. A revista Atlântico (1941-1945).

Processo: 09/06515-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2009
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2011
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Elizabeth Cancelli
Beneficiário:Alex Gomes da Silva
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):História social   Estado Novo (1937-1945)   Imprensa   Intelectuais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dip | Estado Novo | Imprensa | Intelectuais | Portugal-Brasil | Revista Atlântico | Sni | Spn | História Social

Resumo

A revista Atlântico fora parte integrante de um projeto maior açambarcado por Portugal e Brasil no começo da década de 1940. Para sermos mais precisos, 1941 é o ano da assinatura do acordo cultural luso-brasileiro que acabou resultando, dentre outros elementos, na idealização de um projeto cujo cerne assenta-se na criação de uma revista de "cultura" e "arte". Desse processo, surge Atlântico, revista que deve seu nome ao intento de "encontrar uma palavra suficientemente elástica, ondulante, para sintetizar o vago e o concreto das nossas aspirações, o sonho e a realidade do nosso ideal", segundo as palavras de um dos seus diretores, Antonio Ferro. Fundada em 1942, a revista Atlântico tem como propugnadores o diretor do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) de Portugal, Antônio Ferro, e o diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), Lourival Fontes. A presente pesquisa, que abrange o período de 1941 (ano da assinatura do Acordo Cultural luso-brasileiro) a 1945 (que marca tanto o fim da vigência do DIP quanto o término da primeira fase de Atlântico), pretende-se discutir a déia defendida por seus articulistas de que a "natureza" da revista Atlântico, isto é, por ser um periódico de "cultura, de literatura e de arte", "abstêm-se de tratar dos problemas sociais, políticos ou econômicos do mundo moderno, até quando dizem respeito à vida do Brasil ou de Portugal". Ademais, pelo fato de congregar um feixe de intelectuais bastante diversificado, a análise sistemática da revista Atlântico objetiva avaliar e compreender a maneira pela qual autores e obras aparecem no corpo da publicação. O recurso metodológico mobilizado no intuito de aquilatar essa demanda fora esquadrinhado no fecundo campo dos estudos dos intelectuais. Parte-se, assim, da noção de que "entre a esfera intelectual e o mundo que a rodeia existe uma forte osmose, nos dois sentidos: as elites culturais tomam a cor dos debates cívicos, mas também contribuem para lhes dar os seus tons". Dada a "heterogeneidade intelectual" presente na revista, o mapeamento do percurso intelectual dos escritores colaboradores e a análise do material difundido inscreve-se na tentativa de perscrutar o projeto por trás da criação da Atlântico.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
SILVA, Alex Gomes da. Cultura luso-brasileira em perspectiva: Portugal, Brasil e o projeto cultural da revista Atlântico (1941-1945). 2011. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.