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Texto-coisa, poema-objeto: a poliédrica p(r)oesia de Murilo Mendes e Francis Ponge

Processo: 10/03704-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2010
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2012
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Comparada
Pesquisador responsável:Antônio Donizeti Pires
Beneficiário:Patrícia Aparecida Antonio
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Assunto(s):Poesia lírica   Literatura francesa   Literatura brasileira
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Francis Ponge | Literatura Brasileira | Literatura francesa | Murilo Mendes | Poema em prosa | Poesia lírica | Poesia Brasileira e Francesa

Resumo

O muriliano Poliedro (1972) e o pongiano Le parti pris des choses (1942) conformam as bases deste trabalho. Com efeito, a pergunta que se faz, quando da menção às obras e aos autores, é da alçada mesmo de sua natureza e da de seus criadores: em que se afinam ou se distanciam Murilo Mendes e Francis Ponge? Considerando as duas obras é visível o embate entre prosa e poesia, a vontade do (in)acabamento do poema, as inclinações dicionarescas, a presença da coisa, do objeto (como fundador daquilo que ali se instaura), a aparição do natural, o humor muito marcado, dentre tantas outras aproximações. Todavia, mais importante é o distanciamento entre os dois poetas: um Murilo Mendes que ainda traz muito da doutrina católica, que ainda deve ao Surrealismo e suas técnicas, um essencialista, um crítico da bomba atômica e do momento presente; e um Francis Ponge, poeta das coisas (que vai às coisas, para falar com a fenomenologia), da linguagem enxuta que mostra (esconde) o objeto, que estabelece o jogo entre palavra e objeto, um declarado anti-poeta. Este trabalho tem por objetivo uma leitura comparada entre Poliedro e Le parti pris des choses e o fim último de que três pontos sejam analisados: a relação entre eu-lírico e coisa e suas implicações (em que pesem o grau de objetividade ou subjetividade); a tese de que, em tais universos poéticos, o poema é objeto entre outros objetos - tornando-se um texto-coisa, um poema-objeto; e, finalmente, como este se coloca no mundo, na realidade em que se insere. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
ANTONIO, Patrícia Aparecida. Texto-coisa, poema-objeto: a políedrica p(r)oesia de Murilo Mendes e Francis Ponge. 2012. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Letras. Araraquara Araraquara.